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FOTOS: Escola de Joinville adota dois cães e inaugura ‘cãodomínio’
Em uma iniciativa inédita em Joinville, escola municipal construiu um cãodomínio para abrigar dois cachorros adotados e, com isso, ensina lições que vão além da apostila
Uma iniciativa animal. A Escola Municipal Caic Prof. Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira, do bairro Comasa, em Joinville, inovou e deu uma lição de amor, cidadania, além de ensinar conceitos ambientais, sanitários e até de legislação. (VEJA IMAGENS ABAIXO)
Isto porque a escola adotou três cachorros (um deles já morreu) e foi muito além da adoção responsável.
Para entender como surgiu essa história, o Portal ND+ conversou com a professora de Atividades Complementares, Roselena Reinert Bertoloto, responsável pela ação.
Quando Roselena chegou à escola, em 2016, já havia um cachorro, apelidado pelos alunos de Filé. Ele vivia por ali, era zelado por todos, mas, infelizmente, morreu quatro anos depois.
Como a escola fica próxima ao mangue, muitos animais, como gatos e cachorros, são abandonados ali. Aí veio a pergunta: O que fazer diante disso?
“Ou a gente acolhia, colocava para doação…, mas como isso começou a ser muito frequente a escola decidiu criar um projeto chamado “Tutela Responsável” a fim de sensibilizar a população para diminuir o número de animais abandonados”, explica Roselena.
A diretora Jurcelia da Silva topou e apoiou a ideia. Não só topou como deu abrigo ao Franja (chegou em 2018) e à Maria Flor, outros dois vira-latas abandonados e adotados pela comunidade escolar, que contribui voluntariamente com ração, remédios, banho, vacinas e até a construção de duas casinhas dentro da escola.
É um trabalho interdisciplinar que envolve toda a escola, do primeiro ao nono ano e tem um propósito social muito claro.
“Trabalhamos várias temáticas, desde conceitos éticos, ecológicos, sanitários, adoção responsável, leis que protegem os animais, todas as disciplinas e turmas envolvidas”, reforça a professora, defensora e apaixonada por animais.
Projeto interdisciplinar envolveu todas as turmas. – Vídeo: Divulgação ND
A escola promoveu ações para esclarecer sobre a lei frisando que os tutores podem ser responsabilizados em caso de abandono e maus-tratos. Também promoveu palestras sobre a importância da castração e microchipagem.
E recentemente inaugurou o “Cãodomínio” para abrigar Franja e Maria Flor, que são verdadeiros xodós dos alunos, professores, funcionários e familiares que compõem a comunidade escolar.
“As crianças dão os nomes, muito carinho, e se sentem verdadeiramente pertencentes à causa animal. Com isso, trabalhamos o senso de responsabilidade desde cedo”, sublinha Roselena.
Educação financeira e um propósito
As lições vão realmente além das apostilas. Por conta dos custos para cuidar dos dois cachorros, a escola também criou o projeto “Educação financeira e um propósito”. Com isso, os alunos entendem o conceito de empreendedorismo.
As mães dos alunos fazem bolos, por exemplo, que são vendidos e o dinheiro revertido para cuidar e alimentar Franja e Maria Flor. As crianças trabalham o marketing ao produzirem cartaz para vender os doces e assim por diante. “Tudo é interligado, todas as disciplinas são abordadas.”
Até a construção das casinhas serviu de exemplo para mostrar que não basta querer adotar um pet, é preciso saber se há lugar em casa para abrigá-lo com zelo, saúde e segurança.
“Eu falo com muito orgulho. Nunca vi nenhum aluno tentando enxotá-los. Pelo contrário, eles gostam demais, dão carinho, estão sempre por perto acariciando e demonstrando amor pelos bichinhos”, testemunha Roselena.
“Meu objetivo é que outras escolas do município tenham a mesma iniciativa. Que isso se multiplique”, finaliza a idealizadora do projeto.
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