VÍDEO: conheça Max, o ‘cãogurança’ do Mercado Público de Florianópolis
Cãozinho sem raça definida foi adotado por comerciantes em 2018 e de lá para cá, se tornou o xodó de um dos principais pontos turísticos da Capital
Ele acorda às 5h, faz rondas, afugenta pombos e elementos suspeitos, tem pausa para o almoço e encerra o expediente às 19h. Em janeiro, chegou a ser premiado como funcionário do mês.

É o Max, o “cãogurança” do Mercado Público de Florianópolis. É isso mesmo, o orgulho dos comerciantes locais é um pequeno cãozinho sem raça definida. E a história do Max, como é chamado, começa lá em 2018, quando ele tinha aproximadamente dois anos.
A reportagem do ND+ foi conhecer pessoalmente essa figura ilustre que resguarda um dos principais pontos turísticos da Capital catarinense.
Do abandono à adoção
Quem conta a trajetória do Max é seu fiel escudeiro, o vigilante Alex Nascimento que trabalha há quatro anos no Mercado Público. Foi Alex que batizou o cãozinho.
O cão preto de pequeno porte apareceu pelas imediações do Mercado por volta de junho de 2018. Contudo, diferente do animalzinho alegre e ativo de hoje, o Max estava debilitado e machucado.
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“Ele tinha uma perna quebrada, uma costela trincada e queimaduras no quadril. Estava magro e desnutrido. Ficou bem acuado nos primeiros dias”, relembra Alex.
Comovidos com a situação, alguns comerciantes passaram a cuidar do cãozinho abandonado. O Max foi alimentado e medicado. Logo, ele foi se recuperando e conquistou a confiança de todos.
Cão comunitário
A afinidade com o Max foi tanta que funcionários e membros da Associação do Mercado Público de Florianópolis solicitaram a sua adoção como cão comunitário.
Desde 2018, uma lei sancionada pela prefeitura de Florianópolis regulamenta a adoção na figura do animal comunitário, aquele que não tem proprietário definido e único, que convive com a comunidade e estabeleceu vínculos de afeto, dependência e manutenção com as pessoas do lugar.
A partir daí, a vida do Max se transformou e ele virou oficialmente o xodó do Mercado Público.
Mascote do Mercado
Através de uma parceria com uma clínica veterinária, a cada 15 dias, o Max recebe atendimento médico e banho. Ele ganhou, inclusive, uma coleira com o seu nome e o número de telefone da Associação.
E se engana quem pensa que o animalzinho dorme ao relento. Uma cama confortável e ambiente climatizado estão disponíveis no segundo andar do Mercado Público, onde fica a administração. No “guarda-roupa”, o Max tem capa de chuva e até uma camisa da seleção brasileira.
Passeios aos finais de semana, inclusive para outras cidades, também fazem parte da vida do Max.
Na companhia de comerciantes do mercado, o cãozinho já visitou Itapema e Balneário Camboriú. Mas para além dos mimos e de todo o cuidado, Max foi presenteado com carinho e amor.
“Todo mundo gosta dele. O pessoal quer bater fotos, saber a história do Max. Turistas ficam admirados quando veem ele aqui. Os guias de turismo já até comentam sobre o Max nos tours pelo Mercado”, conta Alex.
“Cãogurança”
A rotina do Max não é só de sombra e água fresca. Isso porque ele encontrou uma forma de retribuir o acolhimento que recebeu dos comerciantes do Mercado Público.

Max acorda por volta das 5h e até o início da noite ele auxilia os vigilantes nas rondas pelo mercado. A especialidade do corajoso cãozinho é afugentar pombos e eventuais figuras indesejadas, como pessoas alcoolizadas.
“Ele é nossos olhos e ouvidos. O Max avisa quando sente alguma situação de perigo. Se ele suspeita de alguém, ele late até a pessoa sair”, diz Alex.
Alex destacou um episódio em que Max foi um verdadeiro herói. O vigilante havia abordado um homem que estava ameaçando uma senhora dentro do Mercado Público. Segundo Alex, o homem estava armado com uma faca.
Acreditando que o homem havia ido embora após a abordagem, Alex se distraiu. Contudo, o homem surgiu por trás e ameaçou lhe dar uma facada nas costas. Neste momento, Max se posicionou entre os dois e afugentou o homem.
De tão eficiente no “trabalho”, Max recebeu de Vinícius Munhoz, funcionário de uma barbearia no Mercado Público, o apelido de “cãogurança”.

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