Mostra Cavalcanti promove exibições de filmes e debates sobre o ilustre e pouco conhecido cineasta
Programação vai até sexta-feira (27) no Auditório Henrique Fontes, na UFSC
Até sexta-feira, o projeto “Punctum: cinema e pensamento”, do curso de cinema da UFSC, exibe 11 filmes de Alberto Cavalcanti. Cineasta brasileiro com maior experiência internacional, ele foi diretor, roteirista, cenógrafo, diretor de som, de arte, montador, desenhista de produção, figurinista, arquivista e ator. Durante essa semana, pesquisadores e profundos conhecedores de Cavalvanti vão participar da mostra para discutir temas relacionados à sua obra.
Nascido no Rio de Janeiro em 1897, Cavalcanti começou sua carreira no cinema em Paris, e se tornou um nome importante da vanguarda francesa dos anos 20. Na década seguinte, ele trabalhou no GPO (General Post Office Film Unit), dentro da tradição do documentário inglês. De volta ao Brasil em 1949, por convite de Assis de Chateaubriand, ele assumiu a direção artística da Companhia Vera Cruz. Quando retornou à Europa, Cavalvanti conheceu Bertolt Brecht e Joris Ivens. Ele morreu em Paris, em 1982.
Apesar de sua importância, o cineasta ainda é pouco conhecido do público brasileiro. Pesquisadores, porém, se interessam cada vez mais pelo universo de conceitos levantado em torno de seu trabalho, questionando preceitos sobre a arte, estética, história, nacionalidade e gênero. Na mostra, os convidados para debater essas questões serão Rodrigo de Haro, Felipe Soares, Carmen Rial, Marina Moros e André Zacchi. A ideia do evento é reunir trabalhos em torno de temas relativos aos filmes e publicá-los, junto com os debates gravados, na Punctum, a revista do curso de cinema da UFSC.
Serviço
O que: Mostra Cavalcanti
Quando: 23/4 a 27/4, a partir das 18h30min
Onde: Auditório Henrique Fontes, bloco B do CCE da UFSC, Campus Trindade, Florianópolis, tel. 3721-9351
Quanto: Gratuito
Programação
23/4: O canto do mar (1952), 124 min; comentário de Rodrigo de Haro e debate com Luiz Felipe Soares
24/4: Night Mail (1936), 25 min; e Went the Day Well? (1942), 92 min; comentário de André Zacchi e debate com Lucian Chaussard
25/4: La P’tite Lili (1927), 15min; We Live in Two Worlds (1937), 15 min; e Herr Puntila und sein Knecht Matti (1960), 97 min; debate com Luiz Felipe Soares
26/4: Yellow Caesar (1941), 24 min; e Dead of Night (1945) , 103 min; debate com Antonio Carlos Santos
27/4: Le Capitaine Fracasse (1928), 92 min; Rien que les heures (1926), 35 min; Coal Face (1936), 11 min; comentário de Marina Moros e debate com Carmen Rial
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