Santa Helena e a Basilica do Santo Sepulcro em Jerusalém
Mãe do Imperador Constantino I, o Grande, fez descobertas arqueológicas históricas
O Santo Sepulcro é considerado o espaço cristão mais sagrado em Jerusalém. A igreja contém as estações da cruz, a Capela do Gólgota e os locais onde ocorreu o sepultamento e a ressureição de Cristo. Por isso, os árabes a chamam também de “Igreja da Ressureição”.
O complexo cristão não tem a mesma imponência, as dimensões, o esplendor artistico e o valor cultural e religioso das Basílicas de São Pedro (Vaticano), de São Paulo(Londres), São Marcos (Veneza), Aparecida(São Paulo), todas em áreas amplas, em pontos estratégicos. Ou mesmo as famosas catedrais de Santiago de Compostela (Espanha), de Milão (Itália) e tantas outras espalhadas pelo mundo. A Basílica do Santo Sepulcro fica apertada entre monumentos antigos de Jerusalem, sem jardins ou grandes praças ao redor.

Todo o complexo é administrado por várias entidades seculares e igrejas cristãs, católicos romanos, ortodoxos gregos, armênios.
A construção do edifício deve-se a Helena, mãe do imperador romano Constantino I, o Grande, pagão que se converteu ao cristianismo, adotou a religião como oficial em todo o Império.

Há duas versões sobre sua histórica peregrinação de Santa Helena, partindo de Roma, em direção à Terra Santa, para seguir os caminhos de Jesus. A primeira, de que realizou penitência pelo filho Constantino. Traído pela mulher, madrasta do filho, mandou matá-los. Ele, envenenado; e ela, sufocada no banho a vapor. A segunda versão é a de que Helena foi incentivada e financiada pelo filho, levando consigo uma equipe de pesquisadores e arqueólogos.
Percorrendo os caminhos de Cristo com orientação, Helena chegou ao Gólgota, na época destruído pelos romanos no período de perseguições dos cristãos e, no local, erguidos templos pagãos. Ela determinou escavações, culminando com a localização verdadeira cruz da crucificação.
Ao longo dos séculos, a igreja inicial foi destruída e reconstriuída nos embates entre cristãos e muçulmanos. Fixou-se como local sagrado na primeira Cruzada, quando ocorreu a inédita peregrinação no século XI.
A Basílica do Santo Sepulcro é dotada de singular riqueza histórica, religiosa e artística, única no mundo cristão. As capelas são decoradas com belíssimos castiçais de ouro e prata, de diferentes estilos e períodos históricos, candelabros maravilhosos de vários artistas e nacionalidades, cálices de ouro com os mais lindos desenhos, ícones de prata, obras de arte que cobrem paredes e centenários trabalhos em mosaico.
Abaixo das duas capelas há a Rotunda, com uma mini capela chamada Edícula do século XIX, onde está o santo sepulcro. A Edicula tem dois quartos: o primeiro é a Capela do Anjo, local onde estaria um fragmento da pedra que selou o túmulo; e o segundo o próprio túmulo.
De todos os incontáveis locais sagrados de Jerusalém e de várias comunidades cristãs de Israel, na Judéia, na Samaria ou na Galiléia, é o Santo Sepulcro o que proporciona maior emoção, reflexão e oração dos peregrinos e turistas.
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