Sem fornecer mais detalhes sobre a proposta de prorrogação, o mandatário defendeu que o benefício não pode ser eterno, porque isso representaria um endividamento do país.
“No momento a nossa equipe, com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial, que repito: o nome é emergencial. Não pode ser eterno, porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E nós sabemos que o povo brasileiro quer, na verdade, é trabalho”, disse.
O auxílio chegou a ser de R$ 600 (o dobro para mulheres que têm filhos), gerando um custo de R$ 300 bilhões para os cofres públicos em 2020.
Bolsonaro destacou que foram destinados R$ 13 bilhões só para o estado do Maranhão. “Isso porque nós entendíamos, com o Parlamento, que havia a necessidade de socorrê-los. Porque com a pandemia houve muito fechamento de postos de trabalho, e vocês necessitavam de algo para ajudar na sobrevivência”, afirmou.
Pressão
Na quarta-feira (10), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é preciso responsabilidade fiscal diante da pressão por um novo auxílio emergencial.
A classe política pressiona o governo a retomar o pagamento. A principal proposta aventada é o pagamento de três parcelas de R$ 200, a serem concedidas apenas aos trabalhadores informais que não recebem o Bolsa Família.
A ideia é que sejam beneficiados apenas os brasileiros que participarem de curso de qualificação profissional. O programa está orçado em R$ 6 bilhões e ainda não tem previsão de quando deve entrar em vigor.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse também nesta quinta-feira, que espera de Paulo Guedes, uma solução imediata para bancar a criação de um novo auxílio emergencial para pessoas mais necessitadas durante a pandemia do coronavírus.
“É importante que mantenhamos o ritmo. Instalamos a Comissão Mista de Orçamento, já mandamos a reforma administrativa para a Comissão de Constituição e Justiça, aprovamos a autonomia do Banco Central, que é muito importante para segurança monetária. Estamos fazendo a nossa parte”, apontou o parlamentar.