Aumento da cesta básica em Florianópolis é o maior do Brasil em janeiro
Capital catarinense registrou alta de 5,82% no mês e acumulado de 33,17% nos últimos 12 meses. Morador de Florianópolis tem que trabalhar mais de 130 horas para comprar cesta básica
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Dieese, indica que, em janeiro, o morador de Florianópolis teve que trabalhar 130 horas e 16 minutos para comprar os alimentos da cesta básica. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em janeiro, foi de 111 horas e 46 minutos, menor do que em dezembro, quando ficou em 115 horas e 08 minutos.
Isso porque a cesta básica em Florianópolis custa R$ 651,37, a segunda maior entre as 17 capitais pesquisadas, fica atrás apenas de São Paulo cujo valor é de R$ 654,15. A capital catarinense é a que mais acumulou alta nos últimos 12 meses, com 33,17%.

Segundo o órgão, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês, aumentaram em 13 capitais pesquisadas. A capital catarinense registrou a maior alta com 5,82%, seguida de Belo Horizonte (4,17%) e Vitória (4,05%).
O valor da cesta apresentou redução em quatro capitais do Nordeste: Natal (-0,94%), João Pessoa (-0,70%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,37%).
Açúcar, banana e feijão subiram em Florianópolis
O preço do açúcar foi o que registrou maior aumento entre os produtos da cesta básica. Quinze das capitais pesquisadas tiveram acréscimo em janeiro de 2021, com destaque para Florianópolis (12,58%), Campo Grande (11,44%) e João Pessoa (7,19%).
Segundo o Dieese, o volume ofertado foi menor por causa da entressafra e da pressão das usinas para segurar a cotação, o que explica a alta no varejo.

A pesquisa ainda apontou que os preços da banana prata e da nanica registraram altas expressivas, entre dezembro e janeiro. Mais uma vez, Florianópolis liderou o crescimento com 20,70%, seguido por Goiânia (12,50%) e Brasília (11,76%). A banana prata esteve com oferta limitada devido à entressafra, por isso a elevação de preços, enquanto a nanica teve valores reduzidos.
O custo do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, aumentou em todos esses locais, com destaque para Florianópolis (4,82%), Rio de Janeiro (1,85%) e Vitória (1,85%).
De acordo com o Dieese, problemas climáticos acarretaram redução da disponibilidade de feijão e alta nos preços. Parte da oferta de feijão preto foi garantida por grão importado.
Os produtos que compõem a cesta básica para a pesquisa realizada pelo Dieese são:
- Carne
- Feijão
- Arroz
- Farinha
- Batata
- Legumes (Tomate)
- Pão francês
- Café em pó
- Frutas (Banana)
- Açúcar
- Banha/Óleo
- Manteiga
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