Conheça mais sobre os ‘bolsões’ descarregados no Porto de Itajaí
Navio que veio da China trouxe "Big Bags", uma alternativa mais econômica para o mercado logístico internacional
Atracou no sábado (30) no berço 4 do Porto de Itajaí, o navio Kiwi Arrow de bandeira panamenha, a embarcação com quase 200 metros de comprimento deve ficar no Litoral Norte até a próxima quarta-feira (04).
Com origem na China, o Kiwi Arrow trouxe ao Litoral Catarina, uma carga de 12500 toneladas de Sulfato de Manganês, um produto bastante utilizado na fabricação de ração animal e fertilizantes.
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Vale lembrar que o Brasil é o quarto maior consumidor mundial de fertilizantes.
A carga foi embarcada no país asiático no modo “Big Bag”, após a descarga em Itajaí, o material segue para o Porto de São Francisco do Sul no Norte do Estado.

“As Big Bags” ganharam ainda mais evidência na fase dura da pandemia da Covid-19 com a falta de oferta de contêineres.
Esses bolsões oferecem facilidade no processo logístico, desde o carregamento, até o processo de estocagem e rapidez para a descarga.
Uma bolsa pode comportar até 2 mil quilos por embalagem e também proporciona o controle do desperdício, além de ser uma opção bem mais barata para o transportador.

Dados de outubro do ano passado, divulgados pela consultoria Drewry Shipping de Londres na Inglaterra revelam que o índice de preços dos contêineres seguem em alta.
Um reefer de 40 pés, há cinco anos, tinha valor estimado de frete marítimo de pouco mais de 2 mil dólares, no ano passado, com o mesmo volume e carga, o valor médio chega a 6 mil dólares.

O superintendente do Porto de Itajaí Fábio da Veiga explica que os portos de Itajaí e Navegantes tem totais condições de receber mais cargas via “big bags”.
“O Porto de Itajaí possui condições apropriadas para manter a segurança desse tipo de operação, assim como, atender qualquer e possível exigência de órgãos como a Receita Federal, Anvisa, e também, da Autoridade Portuária”, explicou.