‘Momento de recuperar investimentos’: comércio e indústria comemoram redução na conta de luz
A partir do dia 16 de abril, as contas de luz em Santa Catarina terão a maior redução do Brasil
A esperada bandeira tarifária verde está de volta após um período difícil para o comércio. A partir do dia 16 de abril, as contas de luz em Santa Catarina terão a maior redução do Brasil. Confira o que dizem os consumidores, comerciantes e representantes da indústria sobre a novidade!
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A presidente da Fampesc (Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de SC), Rosi Dedekind, explicou que “consumiu muito do empresário tentar se manter no mercado e não repassar isso para o cliente. Muitas vezes, eles já tinham pacotes fechados. Uma pequena confecção que vende antecipado não teve mais como embutir esse aumento na energia dentro da sua venda”.
Para Neimar Wickboldt, que é gerente de um bar, não foi diferente. “A nossa conta de luz subiu de R$ 3 mil e poucos reais para R$ 5.600, R$ 5.700. Praticamente dobrou”, contou ele.
Depois de oito meses com a maior tarifa da história, a redução a partir do dia 16 de abril pode chegar a 20%. A indústria comemorou o fim da tarifa extra.
Segundo o presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Otmar Muller, “o retorno da bandeira tarifária verde, sem dúvidas, é uma notícia positiva e afeta também a indústria. Isso ajudará as empresas a conter seus custos dentro dessa inflação generalizada que nós estamos vivendo”.
Se foi difícil para as pequenas empresas e grandes indústrias para o consumidor também. De 2015 para cá, a conta de luz dos brasileiros subiu mais que o dobro da inflação. A tarifa residencial já acumula alta de 114%.
O governo federal afirma que o nível de chuvas nos últimos meses permitiu reduzir o acionamento das usinas termelétricas, mais caras e poluentes. A Usina de Furnas, que atende a região Sudeste, terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. A média da região está acima dos 60%. A da região Sul com 48,29%. A Norte e Nordeste ultrapassam os 95%.
Conforme o economista e advogado ambiental Alessandro Azzoni, “tivemos aquela crise de energia com Fernando Henrique [Cardoso] já foi feito uma modificação. Nós tínhamos uma dependência , mais de 86%, do sistema hídrico. Hoje, essa dependência caiu para 60%. Já entrou a termelétrica, já entrou a eólica. Agora, nós já passamos a ser o sexto maior produtor de energia eólica. Então, nós estamos substituindo as nossas matrizes energéticas”.
Segundo o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, em Santa Catarina a redução será maior que a média nacional: “Como nós já somos a menor tarifa do Brasil, para concessionária acima de 400 mil unidades consumidoras, isso tem um impacto ainda maior. Um pouco maior, mas é o impacto que faz com que a tarifa continue sendo a mais barata do Brasil e em todo o Estado para grandes concessionárias, como é o caso da Celesc.”
Micro e pequenas empresas não acreditam que haverá um repasse neste momento ao consumidor. “Vai ser um momento do empresário de micro e pequena empresa recuperar aquilo que ele teve que investir, segurar valores, honrar sua palavra, seu preço de venda para manter. Então, esses 20% vão recuperar o caixa desses empresários tiveram, porque em alguns casos 40% do custo do produto é energia”, afirmou Rosi.
Mas a expectativa é que a diminuição em uma das contas de casa reflita em um maior movimento nas ruas. O gerente Wickboldt disse que “quer que fique bom para todo mundo para melhorar para a gente também”.
Confira mais informações na reportagem do ND Notícias.
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