Entidades do Sul na onda de defesa à atividade econômica
Líderes dos setores produtivos se antecipam ao risco de medidas mais restritivas
As associações empresariais e os clubes de dirigentes lojistas do Sul do Estado se somam às suas semelhantes em todo o território catarinense emitindo notas que rechaçam a ideia governamental de medidas mais restritivas.
Como o governador Carlos Moises editou dois decretos só na semana passada, ambos restringindo mais as atividades econômicas e ante rumores de bastidores de que haverá extensão de medidas restritivas para além dos dois fins de semana, foi deflagrada a reação.

As notas publicadas são muito semelhantes revelando mais que a sintonia, mas uma série de contatos entre estes líderes. O temor é que haja diminuição da liberação de atividades também ao longo da semana.
No caso das entidades ligadas à FIESC existe rejeição às medidas que valem neste fim de semana. Nestas manifestações a lembrança de que o setor industrial não pode sofrer interrupções, pois a quebra de ritmo faz reduzir muito a produtividade, diminui a qualidade dos produtos quando não torna inviável alguns.
Exemplo disso é o setor cerâmico, um dos mais fortes da economia do Sul. Nele os fornos uma vez desligados chegam a levar 72 horas para resfriamento e retomada da eficácia produtiva.
NOTA DE ACIC E CDL CRICIÚMA
“A Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma vêm perante seus associados e sociedade reiterarem sua defesa à manutenção da atividade econômica.
O setor produtivo, comércio e serviços precisam permanecer em pleno funcionamento, garantindo emprego e renda, proporcionando equilíbrio social e, gerando, inclusive, recursos necessários para o próprio enfrentamento da crise. Não podemos permitir que haja retrocesso por falta de conscientização e cuidados pela população.
Desde o início da pandemia, as empresas cumprem integralmente as regras sanitárias, mantendo a segurança de seus colaboradores e clientes, não sendo esses ambientes os principais vetores de contaminação do novo coronavírus e os mais suscetíveis ao contágio.
Cabe às autoridades públicas uma fiscalização rigorosa, coibindo qualquer tipo de atividade que seja facilitadora da propagação do vírus, e penalizando àqueles que descumprirem os protocolos estabelecidos para o combate à pandemia, de forma veemente.
As entidades conclamam aos agentes públicos medidas urgentes de investimento em infraestrutura de saúde, para que a população receba o atendimento necessário que a situação exige, assim como reforça atenção para a total transparência no processo de vacinação.
Reafirmamos nosso compromisso de atuar junto aos órgãos de governo e aos demais segmentos organizados da sociedade na defesa de medidas sanitárias, com a preservação de vidas e a redução do impacto para a economia regional e local.
O momento é crítico, por isso, precisamos agir com cautela e bom senso, num esforço conjunto.”
“Moacir Dagostin – Presidente da Acic e Tiago Marangoni – Presidente da CDL Criciúma”