Veja como está o preço da gasolina nos postos de Joinville
Aumento é resultado do reajuste anunciado pela Petrobras na segunda-feira (8) e já traz impactos no bolso do consumidor
O preço do litro da gasolina comum subiu entre R$ 0,16 e R$ 0,17 nos últimos dias em razão do anúncio de reajuste feito pela Petrobras na segunda-feira (8). Com isso, o valor pago pelo consumidor nas bombas tem oscilado entre R$ 4,50 e R$ 4,84, segundo levantamento feito pela reportagem do jornal ND em Joinville.

Na avaliação de Luiz Antônio Amin, presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo em SC (Sindipetro), as altas sucessivas encarecem revendas e consumidores.
“É o terceiro aumento seguido que estamos tendo da Petrobras, na terceira semana seguida e teve posto que ainda não repassou esse aumento todo. Então, o impacto pode até ser maior”, afirma.
Na avaliação de Amin, a tendência é que essa política de reajustes, adotada pela Petrobras, seja mantida nos próximos meses devido a variação do câmbio, o que pode agravar ainda mais a situação. O empresário ressalta que os postos convivem com perdas sucessivas desde o ano passado em razão da pandemia.
“Tivemos uma defasagem grande, em torno de 25% no movimento, por causa da Covid-19. Esperamos que com o reinício das aulas presenciais, esse movimento volte a crescer novamente. A concorrência é sempre muito acirrada e uma hora os postos precisam repassar os aumentos para o consumidor. Por isso, tem que pesquisar e aproveitar as promoções”, salienta.
A gerente do Sindipetro, Pamela Alessandra Bento explica que a margem de lucro das revendas é pequena por causa dos preços praticados no mercado. Segundo ela, atualmente a gasolina chega à distribuidora por R$ 4,16 e aí ela aplica os custos de operação e transporte. Isso faz com que os postos recebam o combustível ao custo de R$ 4,45 e o comercialize com margens de lucro que oscilam entre R$ 0,20 e R$ 0,30 por litro.

Alta do diesel e do gás de cozinha impactam a vida do consumidor
Além da gasolina, outros dois combustíveis tiveram reajustes que prometem impactar diretamente na vida do consumidor: o diesel, que é usado pelos caminhões no transporte de mercadorias, e o gás GLP, insumo básico das cozinhas.
“A subida do diesel impacta mais para o caminhoneiro, mas traz junto o aumento de outras mercadorias. É uma cadeia toda atingida, não apenas os caminhoneiros, mas a população em geral”, afirma Luiz Antônio Amin, sobre o preço do gás GLP, que é insumo básico de grande parte das famílias brasileiras.
A reportagem do ND fez um levantamento de preços em alguns postos de Joinville e também constatou o aumento do diesel. Atualmente, o combustível é vendido na cidade por valores que oscilam entre R$ 3,65 e R$ 4,10. Amim fala também que com o último reajuste, o botijão de 13 quilos também vai ter alteração de preço.
Nos últimos dois meses, esse é o terceiro aumento do gás. Com a alta de 5% anunciada pela Petrobras, o botijão deverá ser vendido nas revendas por até R$ 90.
Restaurantes projetam custos mais elevados
Para Guilherme Kulkamp, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Joinville e Região, o novo aumento de combustíveis afetará diretamente as empresas em um momento em que o setor vem sofrendo com a redução de 50% no faturamento. Isso porque boa parte dos estabelecimentos utilizam indiretamente a gasolina e o diesel e, de forma direta, o GLP.
“A maior parte das empresas do setor de gastronomia usa o GLP no preparo dos alimentos, assim, o reajuste de 5% afeta todo o setor ”, afirma.
E no caso dos reajustes de 8%, da gasolina, e de 6%, do diesel, o empresário diz que o segmento será prejudicado também. “Boa parte de nossos insumos como bebidas e verduras vêm de outros centros distribuidores, às vezes, até de outros Estados. E estes aumentos encarecem o valor do frete e, consequentemente, nosso custo final”, explica.
Além disso, ele lembra que desde o início da pandemia, os clientes passaram a consumir muito mais pelo sistema de delivery. Com o aumento da gasolina e do diesel, ele prevê que os motoboys e empresas de serviços de entrega vão querer um acréscimo no valor dos serviços prestados.
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