Análise: com ‘padrões de 2021’, o que esperar do Avaí contra o Figueirense?
Equipe do ND+ preparou uma análise tática sobre como o Leão da Ilha deve se comportar ofensivamente no clássico desta quinta-feira (20); confira
Em entrevista ao programa Troféu Debate no YouTube, o técnico Claudinei Oliveira afirmou que deve manter os padrões ofensivos da equipe que terminou a temporada de 2021 com o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.
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Um dos motivos alegados pelo comandante é a falta de tempo para treinamentos até a final de quinta-feira (20) contra o Figueirense.
Mas na prática, o que isso significa e o que o torcedor pode esperar para o clássico?
A equipe de Claudinei Oliveira tinha padrões claros em 2021 nas três principais fases do jogo: 1ª fase de construção (saída de bola), 2ª fase de construção e chegada ao terço final.
A primeira fase de construção, ou saída de bola, era feita prioritariamente com os quatro defensores (zagueiros e laterais) mais o primeiro volante, normalmente Bruno Silva.

A intenção era circular a bola, de pé em pé, tentando progredir, muitas vezes com o próprio Bruno Silva em condução, até chegar próximo a faixa central do campo.
Porém, quando muito pressionada, a equipe não tinha problemas em buscar um lançamento longo buscando os três atacantes para o time se aproximar.
A segunda fase de construção era onde começava a ser “modificada” a estrutura da equipe. Os dois laterais se aproximavam de Bruno Silva, vindo jogar por dentro, os dois meias centrais buscavam as costas da linha média rival, o centroavante “segurava” os dois zagueiros, enquanto os dois extremos procuravam “alargar” o campo, uma espécie de 2-3-5, que variava para 3-2-5, muitas vezes com Edilson baixando na linha de zaga com Betão e Alemão.

A intenção, prioritariamente, era aproveitar a boa capacidade técnica de Edilson atuando por dentro e enxergando o jogo de frente, além de abrir corredor principalmente para Copete ter situações de um contra um contra o lateral adversário.
Edilson constrói por dentro na imagem, com Copete tendo corredor aberto para avançar – Vídeo: Reprodução/NDTV
Na chegada ao terço final, prioritariamente, a equipe buscava triangulações com o extremo, médio e lateral daquele lado, buscando gerar superioridade de 3×2 no corredor lateral.
No lado oposto, médio e extremo se juntavam ao centroavante para atacar a área e criar, ao menos igualdade numérica, aos defensores rivais.
Padrões e mudanças
Mas por que foi frisado tanto a palavra “prioritariamente”? Os fatos narrados são um padrão da equipe, mas isso não significa que vá acontecer o tempo todo, até pelo fator “imprevisibilidade” dentro de uma partida de futebol.
Alguns jogadores mudaram, o que significa também uma mudança na característica individual do atleta. Edilson, era um lateral que atuava na base da jogada buscando passes para encontrar jogadores em condições de desequilibrar.
Já Matheus Ribeiro é um lateral de mais força, que tem capacidade de atuar por dentro, mas rompendo em condução. Diego Matos é também um lateral muito mais agudo que Diego Renan.
Mas o que pode ser feito em relação a isso? Adaptações: laterais por fora, com os médios na base da jogada e extremos no entrelinhas. Isso, no entanto, pode variar de acordo com o andamento da partida.

“Dor de cabeça” boa para Claudinei Oliveira testar seu repertório já no primeiro jogo do ano.