A notas dos jogadores do Avaí e avaliação do treinador Barroca na derrota diante da Cuiabá por 2 a 1 ...
Raio-X do Avaí: oscilante e com defesa frágil, time precisa de regularidade
Equipe do ND+ reuniu os números da equipe durante o primeiro turno da Série B 2020; Leão tem a terceira pior defesa da competição e precisa ser mais regular se quiser voltar à Série A
Oscilações, pouca posse de bola e preocupação defensiva. Com muita expectativa após o investimento feito pela diretoria no início do ano, o Avaí iniciou a Série B mirando o acesso e com Geninho novamente à frente da equipe.

No primeiro jogo da competição, vitória segura sobre o Náutico na Ressacada, 3 a 1 de um time que parecia “renascer” diante do treinador que tem no currículo dois acessos à frente do clube.
O balde de água fria veio já na segunda rodada. Derrota diante do Paraná por 1 a 0 em Curitiba. Com o adiamento da partida diante do Confiança-SE, o Leão teve uma semana de treinamentos antes de encarar o Botafogo-SP na Ressacada.
O que se viu em campo, no entanto, assustou o torcedor. A equipe foi completamente dominada pelo adversário, que hoje ocupa a vice-lanterna, onde a derrota por 1 a 0 acabou ficando “barata”.
As críticas ao trabalho de Geninho começaram a surgir e aumentaram após nova derrota em casa, quatro dias depois, diante do Cuiabá.
A recuperação parecia vir após as vitórias diante do Oeste e Operário, ambas por 2 a 0. O retrato do time oscilante voltou a aparecer. Nas quatro rodadas seguintes, três derrotas (diante de Chapecoense, Ponte Preta e Sampaio Corrêa) e um empate (Confiança). A derrota por 5 a 2 diante do Sampaio Corrêa marcou um dos maiores vexames da história do clube na Ressacada.

Na sequência o clube venceu Cruzeiro e Figueirense (ambos por 1 a 0), perdeu do CRB, voltou a vencer duas em sequência (Brasil de Pelotas e Vitória), até engatar uma sequência de três jogos sem vitória contra CSA, Juventude e Guarani. Voltando a vencer apenas na última rodada do turno.
Números do Leão na Série B:
- 10º melhor ataque (21 gols marcados)
- terceira pior defesa (25 gols sofridos)
- 11º em grandes chances criadas (22)
- 19º em posse de bola (média de 44,3% por jogo)
- cinco jogos sem sofrer gols
- 9ª posição: 8 vitórias | 2 empates | 9 derrotas (45,6% de aproveitamento)
- 21 gols marcados | 25 gols sofridos | saldo de gols: -4
Contas para o acesso
Em coletiva após a vitória diante do América-MG no último sábado (31), Geninho admitiu que o Avaí precisará fazer um turno melhor e que “perdeu mais do que deveria” até aqui.

Ao todo são nove derrotas, sendo a terceira equipe que mais perdeu na competição, à frente apenas de Botafogo-SP e Oeste, vice-lanterna e lanterna, respectivamente.
Com 26 pontos somados, o Avaí precisaria somar ao menos mais 33 para alcançar a menor pontuação já feita por um clube que conseguiu o acesso na era de pontos corridos na Série B, com início em 2006.
O Vitória-BA, em 2007, terminou em 4º lugar com 59 pontos. Nas demais temporadas, todos os clubes que conseguiram a última vaga precisaram fazer ao menos 60 pontos.

Puxando pelo próprio clube nos dois acessos conquistados por Geninho, em 2014, na combinação improvável de resultados que levou o Leão a Série A na última rodada, a equipe ficou com a quarta colocação com 62 pontos. Já em 2018, terminou em terceiro, com 61.
Comparação com os últimos acessos
Em 2018, ano que o Avaí consegui seu último acesso, a equipe ocupava a 7ª posição com 29 pontos conquistados ao final do turno, três a mais que a campanha atual.
Já no returno a campanha melhorou, foram 32 pontos conquistados nos mesmos 19 jogos, com a equipe conseguindo o acesso na última rodada após o empate em 0 a 0 com a Ponte Preta.
Já em 2016 a situação era pior. Ao final do primeiro turno o Leão tinha 23 pontos e ocupava a perigosa 15ª colocação. No entanto o returno impecável com o Avaí conquistando 43 pontos de 57 disponíveis culminou em mais um acesso.
Raio-x dos gols sofridos
A defesa foi um dos setores que mais preocupou o torcedor durante o primeiro turno. São 25 gols sofridos em 19 jogos, média de 1,3 por partida. Os números colocam o Leão como a terceira pior defesa da competição, à frente apenas de Ponte Preta (27) e Oeste (37).
Desses 25, 17 foram originados em levantamentos na área ou contra-ataques. Veja os números:

- 25 gols sofridos
- Nove em cruzamentos para a área, sendo cinco de bola parada (Paraná, Sampaio Corrêa, Vitória, CSA, Confiança, Cuiabá, CRB e Guarani)
- Oito em contra-ataques (Cuiabá, Sampaio Corrêa 3x, CRB e Juventude 3x)
- Três de chutes de fora da área (Botafogo-SP, CRB e Brasil de Pelotas)
- Um de pênalti (Ponte Preta)
- Um em erro na saída de bola (Sampaio Corrêa)
- dois em enfiadas de bola no meio da zaga (Confiança e Chapecoense)
- Um em confusão/bola rebatida na grande área (Guarani).