É vida ou morte, mas a torcida bota fé na garra do Coelho
JEC tem jogo decisivo, homenageia sócio torcedor e convoca torcida a 'entrar em campo'
É vida ou morte. É comemorar quando o apito final soar ou, mais uma vez chorar a eliminação antes do acesso. Mas, desta vez, as lágrimas seriam ainda mais doloridas. O JEC entra em campo neste sábado (18) com o coração de cada torcedor tricolor que, infelizmente, não pode lotar a Arena Joinville e empurrar o time à vitória.

E eu tenho certeza que cada torcedor tricolor estará com o coração nas mãos e o pensamento em cada passe, cada pique, cada corte e cada finalização dos jogadores. Neste ano, o clima é diferente. Neste ano, a confiança é diferente e o sentimento é de um time que fez por merecer a campanha que construiu, de uma equipe que mereceu chegar até aqui invicto e que ainda merece mais.
O nervosismo que tomou conta da maior cidade de Santa Catarina tem justificativa: a revolta pela arbitragem ter arrancado a vitória no jogo de ida, a ansiedade pelo momento em que a bola vai rolar, a angústia pelo resultado final de mais uma final.
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Depois de anos de decepção há quem pense que o torcedor está “acostumado” a esse nervosismo, essa ansiedade, esse sofrimento. Mas não. A torcida tricolor se acostumou a um time que briga, que luta, que vence. O JEC fez sua torcida acreditar que é possível apagar os últimos anos. Jogo após jogo. Vitória após vitória. Ponto após ponto conquistado.
Leandro Zago chegou e conquistou a torcida e não foi à toa. Na sexta-feira (17), o time lançou a campanha da terceira camisa, uma homenagem sensível e merecida ao torcedor, e trouxe Zago no vídeo promocional. Um baita acerto.
É o treinador quem chama a torcida, a torcida que ele rapidamente fez apaixonada por ele, pelo time, pela esperança de ver, novamente, o JEC no lugar que merece e que está trabalhando, sério, para voltar.
“Você está convocado a entrar em campo com o JEC”, chama Zago e a torcida estará na Arena Joinville, não só com o nome estampado na camisa, mas na recepção aos jogadores, no entorno da arena, nas casas da zona Sul até a zona Norte, em todos os cantos da cidade.
O JEC machucou o torcedor, mas neste ano, deu uma, duas, três, 15 provas de que é possível. E, como canta o hino, há 45 anos, a torcida bota fé na garra desse Coelho.