Contorno da BR-101: Situação das obras é considerada grave
Rescisão do contrato da Camargo Correa com a Arteris deixa dúvidas sobre conclusão do Contorno
Reunião emergencial convocada para hoje, em Brasilia, pelos diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestes(ANTT) com os dirigentes da Arteris, concessionária da BR-101 norte e responsável pelas obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis, é mais um indicativo de que o momento é grave.
O fato novo foi provocado pela rescisão do contrato entre a Arteris e a construtora Camargo Correa, resultando em indefinições, mistérios e até suspeita de novos atrasos.
A Arteris está inadimplente com o Contorno há mais de 10 anos. E desde que foi noticiada a rescisão contratual da Camargo Correa, prevalece um misto de desinformação e silêncio da concessionária. E mesmo atrasando uma década, nunca recebeu sequer uma multa da ANTT
Maior fiscal e principal cobrador do Contorno, pela importância econômica e social e sua relevância na mobilidade da região metropolitana, o senador Esperidião Amin já identificou cinco eventos que ameaçam o último prazo fixado pela Arteris: conclusão em dezembro de 2023.
Em primeiro lugar, porque no trabalho de fiscalização que o parlamentar vem realizado há algum tempo, com relatórios mensais sobre a execução da obra, até dezembro do próximo ano estão previstos 47 eventos. O problema é que 13 destas intervenções tem data para conclusão em dezembro de 2023. Quer dizer: aos 45 minutos do segundo tempo.
Pelo relatório do senador Esperidião Amin, apresentado na última reunião do Comdes- Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Grande Florianópolis, só a rescisão contratual da Camargo Correa deixa suspensas cinco obras: 1. O túnel duplo 2; 2. O túnel duplo 3; Serviços de terraplanagem de 10 km no trecho sul; 4. Complexo viário na interseção do Contorno com a BR-282, em Maruim; 5. Trombeta, interseção do Contorno com a BR-101 na Palhoça.
Procedente alerta no SOS do senador Amin: falta mobilização das autoridades e da sociedade civil catarinense. Além disso, o Estado perdeu o poder de barganha. E a empresa inadimplente nada sofre!
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