Ministros comprometem atuação da Justiça Eleitoral e aumentam dúvidas sobre eleições
Declarações e atos de ministros comprometem uma instituição que sempre foi respeitada no Brasil
Ministros do TSE e do STF continuam fazendo declarações políticas condenáveis e consideradas absurdas por respeitados juristas, aderindo a complôs políticos com oposições e comprometendo ainda mais a independência da Justiça Eleitoral e até a lisura das próximas eleições.
Os dois fatos mais recentes, condenáveis sob todos os títulos, ganharam destaque no fim de semana. O primeiro, com o ministro Alexandre de Moraes, declarando no Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador: “A internet deu voz aos imbecis. Hoje qualquer um se diz especialista”. Feriu a maioria expressiva da população que está hoje melhor informada pelas tevês independentes e pelas redes sociais.
Respostas contundentes vieram nas redes sociais, com efeito bumerangue, de parlamentares, advogados e professores de Direito. As críticas foram de Torquemada tupiniquim a “honrarias” impublicáveis.
Veio depois a notícia do convescote político no apartamento da seneadora Katia Abreu, ex-ministra de Dilma. Lá estiveram os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Ricardo Levandowski; e os
senadores Rodrigo Pacheco, Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Jacques Wagner, todos da oposição.
Quanto mais estas noticias se espalham, mais suspeitas sobre o processo eleitoral. Estes ministros querem calar as vozes dos brasileiros.
Inexplicável que engavetem perícias da Polícia Federal, estudos de especialistas em informática e agora as sugestões dos especialistas em crimes cibernéticos do Instituto Militar de Engenharia e Instituto Tecnológico da Aeronáutica.
O que temem, afinal, estes ministros do TSE, que negam transparência no processo de eleição e insistem na apuração centralizada dos votos em Brasil?
O brilhante jornalista José Roberto Guzzo, colunista do ND, colocou o dedo na ferida: “O STF na vida real, é neste momento o mais ruinoso inimigo da democracia no Brasil.”
Enfatizou: “Todas as vezes que uma corte suprema deixa de ser um tribunal e se intromete em qualquer outro tipo de questão, ela passa imediatamente a ser um agente da tirania.”
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