Desastre ambiental: “irresponsabilidade organizada” na Lagoa da Conceição
Um ano depois, grupos de pesquisa da UFSC criticam o que consideram omissão dos órgãos públicos e pedem criação urgente de uma Câmara Judicial de Proteção do ecossistema
No aniversário de um ano do desastre ambiental na Avenida das Rendeiras, o Grupo de Pesquisa em Direito Ambiental e Ecologia Política na Sociedade de Risco e o Observatório de Justiça Ecológica, ambos da UFSC, pediram a criação de uma Câmara Judicial de Proteção da Lagoa da Conceição “para salvar a região do colapso”.
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Em manifesto divulgado nesta terça-feira, consideraram que “é um caminho urgente, necessário e imprescindível para restaurar a Lagoa do perecimento”.
Segundo os coordenadores José Rubens Morato Leite e Letícia Albuquerque, o episódio ocorrido em 25 de janeiro de 2021 “ocasionou uma drástica situação de degradação socioambiental”, afetou ainda mais a qualidade da água do ecossistema e “gerou danos de grande impacto às dunas e restingas do Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa”.
Os dois órgãos destacaram ainda que desde o desastre “nenhuma medida efetiva foi feita para frear tal situação” e que “persiste o quadro de “irresponsabilidade organizada”.