Prefeitura pretende encaminhar a minuta até a segunda semana do mês que vem
Sancionada lei da compostagem que obriga Florianópolis a reciclar resíduos orgânicos
Texto veta destinação de resíduos orgânicos aos aterros sanitários e à incineração pelo Município
Desde segunda-feira (08), uma lei municipal obriga Florianópolis a destinar adequadamente os resíduos sólidos orgânicos através da reciclagem e da compostagem.

Segundo o autor da lei, vereador Marquito (PSOL), também deve ser dados incentivos à compostagem doméstica, comunitária e viabilizar sistemas de coleta domiciliar.
O texto proíbe a destinação desses resíduos orgânicos aos aterros sanitários e à incineração no município. A lei determina que devem ser estimuladas iniciativas comunitárias e de cooperativas na gestão, além de serem adotadas estratégias de descentralização no gerenciamento e o incentivo à compostagem doméstica.
“Florianópolis envia anualmente 93% de todo o resíduo coletado para o aterro. Desse montante, 65 mil toneladas (37% do resíduo produzido) corresponde à fração orgânica, com um gasto do poder público de R$ 152,00 por tonelada para transporte e depósito no aterro sanitário. São gastos milhões de reais com esse transporte para o aterro!”, alerta o político.
A lei da Compostagem foi inspirada no projeto Revolução dos Baldinhos, que promove desde 2008 a gestão comunitária de resíduos orgânicos sincronizada à prática de agricultura urbana, no Monte Cristo, região continental de Floripa.
A comunidade sofria um grave problema de saúde pública relacionado ao descarte indevido do lixo no bairro. Marquito foi um dos idealizadores do projeto que, ainda hoje, atende a 150 famílias que separam os seus resíduos orgânicos, destinando-os para o tratamento por compostagem. Por mês, são coletadas cerca de 8 toneladas de resíduos orgânicos. Do produto desse tratamento, tem-se o composto orgânico que retorna aos participantes do projeto para a promoção da agricultura urbana.