Afastamento do governador pela segunda vez: inédito na história de SC
Desafio primeiro da vice-governadora será a indicação do Secretario da Casa Civil
O Estado de Santa Catarina estará escrevendo mais um capitulo inédito em sua história politica e administrativa com o afastamento do governador Carlos Moisés da Silva nesta terça-feira, dia 30 de março, e a posse interina da vice-governadora Daniela Reihner.
Nunca aconteceu o prosseguimento de um processo contra o governador do Estado e muito menos do mesmo governador ser afastado duas vezes do cargo por irregularidades.
A decisão do Tribunal Especial de Julgamento, aprovando o prosseguimento do processo de cassação, permite várias análises
A primeira está na retrospectiva histórica. Quando os dois processos de impeachment tramitavam na Assembleia Legislativa havia uma avaliação diferenciada na opinião pública. O pedido que tinha maior apelo popular era o que tratava da fraude dos respiradores. Pelo pagamento antecipado de 33 milhões de reais, pelos aparelhos que nunca chegaram e fazem falta no tratamento de pacientes.
Nos últimos meses e dias, contudo, o cenário havia mudado.
E tudo indicava, dentro e fora da Assembleia Legislativa, que os cinco deputados iriam votar contra o processo.
O governador tinha negociado acordo politico com deputados, líderes partidários na Alesc, realizara mudanças na gestão e os cinco julgadores sinalizaram votos contra.
No combate a pandemia, contudo, a situação só se agravou, com silêncio de Carlos Moises durante meses e equívocos na condução das medidas de combate ao Covid-19,.
Somando-se ao colapso hospitalar e elevado número de mortos, uma política de lockdown que mereceu críticas e até manifestações de repúdio de milhares de micro empresários.
Para completar, os secretários André Mota Ribeiro e Paulo Eli, com declarações e ações consideradas distanciadas da população, como ressaltou o deputado Laércio Schuster, que deu o voto decisivo no Tribunal de Julgamento.
O secretário da saúde presente somente nas últimas semanas com a situação catastrófica da pandemia e ainda meio arrogante. E o secretario da Fazenda negando auxilio emergencial e afirmando que Santa Catarina não tem desempregados.
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