“Candidato a governador precisa do apoio do presidente e não contrário”, diz cientista política
Desempenho dos presidenciáveis nas pesquisas não se transfere automaticamente para as disputas locais; voto para presidente costuma ter impacto nas escolhas regionais do eleitor
O desempenho dos presidenciáveis nas pesquisas não se transfere automaticamente para as disputas locais. Porém, o voto para presidente costuma ter impacto nas escolhas regionais do eleitor e pode empurrar disputas para o segundo turno.

Conforme o blog mostrou, SC e outros 13 Estados já tem como certa a disputa entre PT e PL para o governo estadual.
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“É o candidato a governador que precisa do apoio do presidente e não o contrário, ainda que exista o outro lado”, disse a cientista política Graziella Testa, professora da FGV. Em 2018, por exemplo, o apoio de Bolsonaro, no primeiro ou no segundo turno, ajudou a eleger 16 dos 27 governadores, entre eles o catarinense Carlos Moisés.
Para a pesquisadora, a cláusula de barreira e a arrecadação dos recursos que financiam as campanhas, que dependem da quantidade de deputados federais eleitos, têm obrigado as siglas a concentrar esforços para eleger nomes para o Legislativo, sobrando menos energia para a corrida pelo Executivo.
Cientista político e professor da Universidade Federal do ABC, Vitor Marchetti observa que as polêmicas ligadas aos padrinhos políticos tendem a ser utilizadas nas disputas regionais como forma de se promover ou minar o nome do adversário.
“A ligação entre o nome estadual e o federal passa pelas agendas e por identidades maiores, sobre os temas que eles estão trabalhando”, explica. “Não são temas de responsabilidade do governador, mas são assuntos ligados aos padrinhos.”
Com informações do Estadão Conteúdo