Joinville detalha reforma da previdência para os servidores de educação
O presidente reforçou que, com a aprovação, o Ipreville terá sustentabilidade para garantir a aposentadoria dos próprios servidores
O presidente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Ipreville), Guilherme Casali, participou de reuniões com diretores da Rede Municipal de Ensino nesta quinta-feira (4).
Os encontros foram realizados de forma on-line, com objetivo de detalhar o projeto de lei da Reforma da Previdência de autoria do Executivo, que está em análise na Câmara de Vereadores.

Desde 2004, é registrado um déficit atuarial. Isso significa uma diferença entre quanto o Ipreville vai arrecadar e quanto vai pagar no futuro. Este déficit é equacionado pela Prefeitura de Joinville. Somente para esta finalidade, o município investe mensalmente cerca de R$ 3 milhões. Quando aprovada, a Reforma da Previdência vai reduzir este desequilíbrio.
O presidente também reforçou que, com a aprovação, o Ipreville terá sustentabilidade para garantir a aposentadoria dos próprios servidores e que as alterações não interferem na dívida da Prefeitura de Joinville com o instituto. As parcelas são depositadas mensalmente pelo poder executivo, conforme os termos já homologados.
Alíquota muda dos atuais 11% para 14%
A alteração na alíquota é uma obrigação constitucional, que deveria ter sido implantada desde 2019, quando aconteceu a aprovação da Reforma da Previdência para os beneficiários do INSS e para os servidores federais. Com o projeto, a alíquota muda dos atuais 11% para 14%.
A regra geral de idade da aposentadoria passa a ser de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens. Os servidores atuais serão beneficiados com as regras de transição, que reduzem a idade em relação à regra geral. Professores que trabalham em sala de aula terão direito a diminuir em cinco anos a idade de aposentadoria, tanto para homens quanto para mulheres.
A integralidade e a paridade também geram dúvidas para a categoria. Estas duas modalidades foram extintas em 2004 por uma Emenda Constitucional e valem apenas para os servidores que ingressaram no serviço público antes da data. Para os demais, a aposentadoria é calculada pela média das remunerações.
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A reunião entre Ipreville e diretores mostra que o instituto está aberto para o diálogo e disposto em esclarecer os pontos que terão mudança com a reforma. A proposta está alinhada com a Emenda Constitucional Nº 103, que foi promulgada pelo Governo Federal em 12 de novembro de 2019.
Pela falta de adequação às novas regras da previdência para os servidores públicos, desde o dia 18 de janeiro, a Prefeitura de Joinville não tem Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP). Sem este documento, a cidade não está apta para receber recursos, repasses e emendas estaduais e federais.
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