Deputado protocola convite para novo delegado-geral de SC ir à Alesc
Além de Marcos Ghizoni, outros quatro delegados serão convidados e uma PEC será apresentada para que haja lista tríplice na indicação do delegado-geral em SC
O novo delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Ghizoni, pode ser convidado a visitar a Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina). Nesta terça-feira (5), o deputado estadual Ivan Naatz (PL) protocolou o convite, que precisa ser aprovado em Plenário por maioria simples dos presentes.

Naatz pretende convidar mais quatro delegados e colocar em tramitação uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para que os próximos delegados-gerais sejam escolhidos por lista tríplice. Também pediu uma audiência com o procurador-geral de Justiça e chefe do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Fernando Comin.
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“O governo acusa o MP de ter comprado o mesmo software sem licitação. Como o MP está fazendo compras sem licitação?”, questionou o parlamentar.

Naatz disse que vai tentar ouvir as pessoas antes e, dependendo do que for dito, pode adotar medidas como abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). A abertura de uma CPI sobre o caso depende do apoio de 14 deputados.
Além de Ghizoni, os delegados Beatriz Ribas, Jeferson Prado Costa, Akira Sato e Rodrigo Schneider serão convidados. Uma convocação não cabe, pois se aplica somente a secretários de Estado.
“Também apresentamos a PEC que estabelece a lista tríplice para escolha de delegados de polícia, como acontece com MP e em outros estados da federação. Faltam apenas duas assinaturas”, informou Naatz. Ele disse que tem apoio suficiente – 13 assinaturas – para fazer a PEC tramitar.

A sessão desta terça-feira (5) na Alesc foi dividida em duas partes. Na primeira delas, alguns deputados criticaram o governo pelos acontecimentos, em especial Naatz, Laércio Schuster (PSB) e Jessé Lopes (PSL), mas também houve quem defendesse, a exemplo de Maurício Eskudlark (PL) e Paulinha (sem partido).
A crise institucional na Polícia Civil e no governo não foi comentada na segunda parte da sessão, destinada a votação de projetos. Além da saída de Akira Sato, o diretor de administração e finanças da Polícia Civil, Ricardo Casarolli, chegou a pedir para sair da função e retornar para a delegacia de Balneário Camboriú.
Casarolli, no entanto, vai permanecer no cargo na gestão de Ghizoni, segundo informou a assessoria de comunicação da Polícia Civil ao ND+.