Candidatos a prefeito de Florianópolis fazem promessas para Economia
Inovação, empreendedorismo, maricultura e até a liberação do acesso a praias estão entre as alternativas dos candidatos para aquecer a economia de Florianópolis
O ND+ está visitando as propostas de governo dos dez candidatos à prefeitura de Florianópolis e identificando suas ideias em diferentes áreas, por exemplo, educação e mobilidade urbana. Hoje, focamos nas propostas de outra área fundamental: economia.

Santa Catarina comemorou a menor taxa de desemprego do país no segundo trimestre de 2020. No entanto, de acordo com o professor de Economia da UFSC, Lauro Mattei, dois serão os desafios do próximo gestor de Florianópolis: como equilibrar as contas públicas em um cenário de queda nas receitas e como gerar emprego?
“O desemprego cresce e Florianópolis é uma das cidades com maior nível de desemprego em Santa Catarina. Na pandemia, foram perdidos mais de 15 mil empregos formais na Capital, sem contar os informais”, disse o professor.
Para descobrir o que os postulantes à prefeitura de Florianópolis pensaram para melhorar a economia da cidade, siga a leitura.
Alex Brasil (PRTB)
Liberação irrestrita do acesso a praias, shopping centers, lojas comerciais, hotéis, bares e restaurantes e medidas para a recuperação dos empresários afetados pelo fechamento do comércio durante a pandemia de Covid-19.
Alexander Brasil quer conceder auxílio fiscal ao empreendedor que sofreu impacto econômico na pandemia, privatizar empresas municipais e reestruturar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Angela Amin (Progressistas)
A “desburocratização será a palavra de ordem, objetivando simplificar os processos de abertura de empresas e de incentivo ao empreendedorismo. Outro setor econômico que receberá destaque é a maricultura.
Na proposta, Angela Amin também fala em estimular a economia e o emprego; apoiar empresas, empregos e rendas; proteger os trabalhadores no local de trabalho e utilizar o diálogo para encontrar soluções de incremento ao turismo.
Dr. Ricardo (Solidariedade)
Habilitar o desenvolvimento da sociedade como pilar de sustentação essencial, estimulando empreendedorismo, criatividade, inovação, tecnologia e inteligência. Quer apoiar e investir em economias locais, solidárias e criativas, favorecendo a geração de trabalho e renda.
Dr. Ricardo quer criar um ambiente de negócios próspero e transparente, com ênfase no turismo, tecnologia e serviços, regulando as relações significativas para a cidade e a proteção social e ambiental.
Gabriela Santetti (PSTU)
Redução da jornada de trabalho para 30h semanais sem redução de salário. Ampliação de serviços públicos, por exemplo, educação e saúde para gerar empregos com carteira assinada e reserva de 70% das vagas para mulheres e negros.
Gabriela Santetti quer reverter demissões decorrentes da pandemia; a contratação dos trabalhadores de aplicativos pelas empresas, com direitos trabalhistas e empréstimos a juros zero para custear folha de pagamento das empresas com até 20 trabalhadores.
Gean (Dem)
Reinserir os cidadãos no mercado de trabalho através da capacitação para vagas, elaboração de currículos e regularização de documentos; promover a interlocução com governo federal para a ampliar as políticas públicas para a pesca e maricultura;
Gean também quer estimular o desenvolvimento econômico do Centro Histórico Leste, região que, segundo seu plano de governo, enfrenta desafios econômicos e sociais e é uma área com grande potencial de desenvolvimento econômico.
Helio Bairros (Patriota)
Descentralização e diversificação das oportunidades, enaltecendo as inovações tecnológicas e sociais, incentivando o empreendedorismo e a criatividade, criando centros de oportunidades.
Segundo Helio Bairros, analisando os municípios catarinenses, verifica-se que há uma diferença descomunal entre o PIB daqueles que exportam matéria-prima e dos que exportam o produto acabado, por isso, o incentivar o início do desenvolvimento industrial em Florianópolis para impulsionar a economia da cidade.
Jair Fernandes (PCO)
Trabalhar menos para que todos trabalhem. Máximo de 35h semanais, com jornada máxima de 7h por dia e escala móvel das horas de trabalho, mas sem reduzir os salários.
De acordo com a proposta de Jair Fernandes, o “desemprego é um dos pontos cruciais da exploração dos trabalhadores e a juventude é o principal foco dessa crise, por isso, seu direito ao trabalho precisa ser garantido. A juventude trabalhadora não deve pagar pela crise gerada pelos capitalistas.”
Orlando (Novo)
Elaborar, em conjunto com o legislativo, leis que estabeleçam garantias à livre iniciativa; criar um canal de comunicação oficial para o empreendedor; desburocratizar e simplificar procedimentos de órgãos municipais que afetem o desenvolvimento de empreendimentos.
Orlando quer utilizar os parâmetros da lei de liberdade econômica para promover o princípio de boa fé – todas as construções (e seus usos) são legítimos até que se prove o contrário.
Pedrão (PL)
Elaborar o Plano Municipal do Turismo junto das comunidades, empresas e organizações do trade-turístico; fortalecer programas de incentivo fiscal à inovação; fomentar o polo tecnológico, criando pré-incubadoras, incubadoras e aceleradoras.
Pedrão quer executar na integralidade o projeto “Centro Sapiens: economia criativa aplicada no centro histórico leste” e incentivar um setor da prefeitura a planejar e implantar estruturas de apoio náutico, zona costeira marítima e terrestre.
Professor Elson (PSOL)
Colocar a administração pública municipal como parceira das iniciativas de desenvolvimento e aceleração de iniciativas de bases científicas e tecnológicas; desenvolver ações que fortaleçam e dinamizam atividades consolidadas e de grande potencial, a exemplo do turismo, da confecção e da construção civil;
Elson quer contribuir para a criação de fontes de financiamento de novas empresas com foco na inovação e desenvolvimento sustentável.