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Operação contra grampo ilegal prende secretários de governador de MT
FABIANO MAISONNAVE E MARIA ANGÉLICA OLIVEIRA
CUIABÁ, MT (FOLHAPRESS) – Dois secretários e um primo do governador Pedro Taques (PSDB-MT) foram presos nesta-quarta (27) em Cuiabá, por suposto envolvimento num esquema ilegal de grampos.
Ao todo, a operação comandada pela Polícia Civil pediu a prisão de sete pessoas, incluindo o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, primo do governador, e o secretário afastado de Segurança Pública, Rogers Jarbas. Este foi retirado do cargo pelo Tribunal de Justiça na semana passada, quando passou a usar tornozeleira eletrônica.
Os demais presos são dois PMs, a mulher de um deles e um empresário. Houve também a condução coercitiva do corregedor-geral da PM, coronel Carlos Eduardo da Silva.
Na decisão, o desembargador Orlando Perri afirmou que uma das justificativas das prisões é a proteção física da testemunha José Henrique Costa Soares e do seu filho, que estariam sendo ameaçados.
O desembargador afirmou ainda que a prisão ocorreu sem manifestação do Ministério Público Estadual devido ao “possível envolvimento de promotor[es] (sic) de Justiça na organização criminosa”.
O escândalo foi revelado em maio. Entre os que teriam sido alvo de escuta telefônica ilegal, administrada por oficiais da PM, estão adversários políticos de Taques e jornalistas.
A denúncia foi feita pelo promotor Mauro Zaque, o primeiro secretário de Segurança Pública da gestão do tucano. Ele pediu demissão em janeiro.
Zaque acusa Taques de ter conhecimento do esquema de escutas ilegais. O tucano nega.
Até o início da tarde, Taques e o Ministério Público Estadual não haviam se pronunciado sobre as prisões desta quarta.