A importância da Atenção Primária à Saúde para o setor público
Entre os desafios e objetivos da APS, está a qualidade em serviços públicos e o atendimento de forma contínua e preventiva

Pensando em atender as necessidades da população de forma contínua e sistematizada, a Atenção Primária à Saúde (APS) surge com o objetivo de qualificar o atendimento em saúde dos serviços públicos, integrando ações que garantem o atendimento preventivo e curativo.
Essa estratégia de organização voltada à saúde vem se mostrando uma grande preocupação do setor, porque é vista como importante reestruturação do sistema de atendimento à saúde, sendo o caminho para que as operadoras de planos de saúde desenvolvam um cuidado ao beneficiário cada vez mais qualificado.
Exemplo disso é a Qualirede, especialista em gestão em saúde para o setor público, que cada vez investe mais na qualidade das clínicas de APS, distribuídas na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina e Salvador, na Bahia.
Segundo a médica e Diretora de Operações da Qualirede, Carla Biagioni, a prestação de serviço em saúde proposta pelo Estado merece atenção no contexto das políticas atuais.
“A APS é fator determinante para que se altere a forma de tratamento aos pacientes, prevalecendo uma atenção integral à saúde e cuidando do paciente de forma preventiva”, afirma.
“A APS é o modelo de saúde baseado na comunidade, que coloca em prática a necessidade do cuidado individualizado e o conhecimento das necessidades de cada paciente, possibilitando que ele também tenha uma referência para suas dúvidas e seu acompanhamento. Confiança, acessibilidade e credibilidade são fundamentais para o seguimento de orientações básicas, além de serem imprescindíveis para a saúde preventiva”, completa Carla.
A equipe profissional de APS
Os profissionais que atuam na equipe de APS são fundamentais para o bom funcionamento do serviço, porque são intermediários de uma relação próxima e de longo prazo com o paciente, familiares e comunidade.
Como surge com o conceito de oferecer atendimento personalizado e acolhedor aos indivíduos, é composto por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, que envolve o médico de família e comunidade, que pode atuar em conjunto com enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, entre outros.
Principais objetivos da APS
- Divulgar orientações sobre a prevenção de doenças
- Promover a saúde
- Prevenir doenças
- Controlar doenças crônicas e cuidados paliativos
- Solucionar possíveis agravos e direcionar casos mais graves para níveis de atendimento especializado
- Cuidar das pessoas, em vez de apenas tratar doenças ou condições específicas
- Atender de forma abrangente, acessível e com foco na comunidade
APS no controle de custo dos sistemas de saúde
Os custos elevados dos sistemas de saúde e a baixa resolução dos problemas fez com que se pesquisasse novas formas de organização da atenção à saúde, com custos menores e maior eficiência.
A Diretora de Operações da Qualirede explica que a APS colabora para o controle do custo, que é peça fundamental para que todo o sistema se mantenha sustentável.
“Essa redução ocorrerá consequentemente com as ações básicas implementadas, fazendo com que o desperdício seja contido e a saúde do paciente vista de maneira mais eficiente”, afirma.
Tratamento direcionado

A APS favorece o atendimento de pacientes em condições clínicas básicas, sem a necessidade da procura de centros de urgência e emergência, podendo ter seu tratamento direcionado de forma mais rápida e suas intercorrências direcionadas de maneira criteriosa e assertiva.
Qual é a relação da Telemedicina com a APS?
De acordo com a Dra. Carla, a telemedicina favorece o suporte técnico para a APS, no que diz respeito à segunda opinião de especialidades e uma resposta mais rápida aos pacientes que demorariam para ter seu diagnóstico feito.
“A telemedicina aproxima os especialistas dos médicos da atenção básica, facilitando diagnósticos e encurtando prazos de atendimento”, aponta.
Os desafios da APS antes e durante a pandemia
Para Carla, o grande desafio da APS é sua consolidação como modelo de atendimento, principalmente no Brasil, onde o médico de família perdeu sua posição para as múltiplas especialidades.
“Acredito que o desafio seja o mesmo, antes e depois da pandemia. Mas talvez a pandemia nos traga o entendimento de que não precisamos recorrer a múltiplos atendimentos ou emergências, mas de um médico de referência a quem possamos recorrer e ser acolhido. O entendimento de que a prevenção é a grande aliada à minha saúde e que para isto a Atenção Primária à Saúde é essencial”, conclui.