“A pandemia do ano passado é diferente dessa”, alerta infectologista de Joinville
Coordenador médico da Vigilância em Saúde do município chama atenção para o agravamento dos sintomas
Epicentro da pandemia, maior número de casos ativos, maior número de mortes em Santa Catarina e a Covid-19 agravando dia após dia. O cenário em Joinville é assustador e a cada dia os números chamam mais a atenção. Nesta sexta-feira (26), a cidade já somava 909 mortes, 5.807 casos ativos, 297 pessoas internadas e, na região, outras 96 aguardando leitos de UTI Covid.

É com este cenário que o município pede para que a população fique atenta aos sintomas, que estão se agravando devido às variantes que já se espalharam pela cidade. “A pandemia do ano passado é diferente dessa. A cepa atual, a P.1, é mais contagiosa, semelhante a do Reino Unido, que é três vezes mais contagiosa. Estamos observando uma agressividade maior do vírus”, alerta o infectologista e coordenador médico da Vigilância em Saúde, Luiz Henrique Melo.
O médico ressalta que é fundamental que as pessoas busquem atendimento médico assim que os sintomas se apresentarem e não aguardar o agravamento do quadro. Melo fala que os sintomas clássicos continuam, como febre, dor de cabeça, dor no corpo, sintomas respiratórios, nariz trancado e tosse. “Essas são manifestações importantes para ter um diagnóstico, mas com falta de ar, dificuldade para respirar, pode ser um sinal de que a doença está progredindo e você deve ser imediatamente avaliado”, fala.
Leia mais
O médico reforça, ainda, que diversas unidades de saúde estão realizando o atendimento para pacientes com sintomas da Covid-19 e é fundamental que a procura seja imediata, evitando o agravamento do caso, característica da nova variante.
“Em caso de dúvidas sobre os sintomas, o ideal é procurar atendimento. No entanto, é preciso ter paciência, pois o sistema está sobrecarregado. Em qualquer unidade hospitalar pública ou privada, o usuário vai encontrar grande contingente de pessoas e existe um critério de avaliação de severidade do quadro e prioridade de atendimento ao indivíduo”, diz. “Nós estamos em um momento delicado da pandemia e todo cuidado é pouco”, finaliza.
Participe do grupo e receba as principais notícias
de Joinville e região na palma da sua mão.