Após retomar serviço de TeleCovid, Criciúma registra mais de 1,2 mil atendimentos em 24h
Sistema voltou a funcionar nessa terça-feira (18) e, segundo o secretário municipal de Saúde, houve fila de espera
A cidade de Criciúma, no Sul catarinense, retornou com o serviço de TeleCovid na terça-feira (18) e nas primeiras 24 horas de operação já atendeu mais de 1,2 mil pacientes com sintomas respiratórios, de maneira virtual.
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“A procura foi ainda maior. A demanda de atendimentos está alta, por isso algumas pessoas ficaram na fila nesse retorno do serviço. Estamos organizando a equipe e se adequando a essa nova realidade, para que todos sejam atendidos e encaminhados da melhor forma possível”, explicou o secretário de Saúde, Acélio Casagrande.
O teleatendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e nos sábados e domingos, das 8h às 17h. O contato é feito por meio de mensagem no WhatsApp (48) 9 9154-6453. Na linha, uma equipe técnica formada por enfermeiros e médicos presta orientações e possíveis encaminhamentos.
O gerente de Vigilância em Saúde, Samuel Bucco reforça que o serviço passa a ser a porta de entrada do atendimento para pacientes com sintomas gripais. Dessa forma, as unidades devem ser procuradas apenas para atendimentos eletivos e realização de testes já agendados, ou por pacientes que apresentarem sintomas gripais graves.
“É importante que a população colabore, principalmente adotando as medidas de prevenção, para evitar a proliferação do vírus. Com tantos novos casos surgindo a cada dia, nossas equipes não conseguem atender a toda a demanda”, explicou.
Testagem para Covid-19
O gerente explica que, com o aumento da procura por atendimento, as testagens também foram intensificadas. “Não só em Criciúma, mas em todo o Estado, a demanda aumentou muito nas últimas semanas. Mudança que gerou alguns problemas, como a falta de insumos”, destacou.
Por conta disso, o governo do Estado encaminhou um ofício à todas as Secretarias Municipais de Saúde, na última segunda-feira (17), com medidas que devem ser adotadas a partir de agora.
O documento justifica que “em virtude da alta demanda de exames laboratoriais para o diagnóstico da Covid-19 no momento, e devido à escassez de insumos para a realização desses exames, ressalta-se a necessidade de uso racional dos testes, seguindo recomendação da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde)”. Dessa forma, a testagem deve priorizar:
- Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que necessitem de hospitalização;
- Pacientes com sintomas respiratórios que estejam nos grupos de risco para agravamento da doença (idosos, gestantes, puérperas, portadores de comorbidades);
- Profissionais de saúde com sintomas respiratórios;
- Triagem de pacientes que precisam ser hospitalizados por outros motivos;
- Profissionais com sintomas respiratórios que fazem parte de serviços essenciais e presenciais, como profissionais de segurança.
O documento orienta ainda que algumas situações não configuram necessidade de realização de testes, como:
- Indivíduos assintomáticos (inclusive contatos);
- Como requisito para sair do isolamento;
- Como pré-requisito para participação em eventos ou estabelecimentos que exijam.
Essas recomendações deverão ser seguidas até o momento que a disponibilidade de testes seja regularizada, e novas orientações sejam encaminhadas pelo Estado. “Por isso, pedimos que a população busque o atendimento apenas quando apresentar sintomas, necessitando de acompanhamento”, orientou Samuel.