Covid-19: Grande Florianópolis terá dados diários, diz secretário de Saúde
Região terá Centro Integrado de Ações contra a Covid-19 para realizar análises diárias das cidades; governo pede conscientização da população
A exemplo do que acontece no Oeste de Santa Catarina, o governo do Estado ativou um Centro Integrado de Ações contra a Covid-19 na Grande Florianópolis. O local escolhido foi a sede da Defesa Civil na Capital.

A oficialização ocorreu após reunião entre as Prefeituras da Grande Florianópolis e representantes do Governo do Estado, entre os quais o secretário da Saúde, André Motta Ribeiro, o da Casa Civil, Eron Giordani, e o novo chefe da da Defesa Civil estadual, David Christian Busarello.
O Centro Integrado terá participação da SES (Secretaria de Estado da Saúde), da Defesa Civil estadual, dos órgãos de segurança pública e das prefeituras.
Serão quatro grupos de trabalho independentes para tratar de temas como serviços em saúde, atenção primária dos pacientes, fiscalização e vigilância e comunicação.
Conforme o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, nesse centro haverá reuniões diárias com demandas emergenciais para se ter um maior controle sobre as ações tomadas no combate à pandemia.
“Estamos esperando o Centro Integrado para que se traga retratos diários da realidade e entender o que precisa ser feito ou não. Os prefeitos se mostraram abertos a isso. Essa análise diária do que está sendo colocado foi o que trouxe um momento alentador para o Oeste”, lembra Ribeiro.
Possível aumento nas restrições
Representante das prefeituras da região na coletiva, o prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila, evitou comentar sobre a possibilidade de aumento nas restrições impostas pelas prefeituras da Grande Florianópolis.

Segundo o chefe do Executivo Municipal, o mais importante no momento é que haja conscientização da população para que evitem festas e aglomerações. “Na balada sempre cabe mais um, mas na UTI só cabe um”, disse o prefeito.
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Orvino ainda afirmou que nenhuma medida será tomada individualmente pelas cidades da região. E que conversas diárias serão feitas em conjunto para tratar da melhor maneira de combater o vírus.
“São José está no meio, não adianta tomar uma medida sem Florianópolis e as cidades vizinhas. A medida tem que ser em conjunto. Não pode ser feita de qualquer maneira”, pontuou.
Avaliação sobre medida do MP
Questionado sobre a medida do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) que pede um lockdown de 14 dias seguidos em Santa Catarina, Ribeiro disse ver a ação como uma “manifestação justa no processo”.
Porém, reiterou que as ações precisam ser discutidas e pensadas para que também não haja também um grande impacto na economia.
“É preciso deixar claro que estamos há um ano trabalhando e trazendo critérios técnicos e ofertando o que achamos ideal para o momento. É justo que as pessoas não concordem, mas iremos defender a posição do Estado”, afirmou o secretário.
Momento da pandemia em SC
Ribeiro ainda citou o aviso que deu sobre a piora da pandemia, e disse que cada município tem autonomia para entender onde precisará atuar com mais força.
“Se apenas o decreto resolvesse, não precisava do nosso trabalho. Precisamos responsabilizar as pessoas para que elas assumam seu papel e também possam ajudar a fiscalizar. As regras são claras. Quando se cumpre regras de autoridades sanitárias, o sucesso e eficácia tende a ser maiores”, disse.
Segundo boletim divulgado pela SES nesta quarta-feira, Santa Catarina tem 717.454 casos confirmados da Covid-19, sendo 8.377 óbitos.
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