Descanso, no Oeste de SC, decide manter uso obrigatório de máscara
Decisão do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus ocorreu em reunião realizada na tarde de terça-feira (15); de 15 de fevereiro a 15 de março, a cidade registrou 115 casos de coronavírus
Descanso, no Oeste de Santa Catarina, decidiu manter o uso obrigatório de máscara em espaços fechados pelos próximos 10 dias e o uso recomendado em espaços abertos. A decisão do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus ocorreu em reunião realizada na tarde de terça-feira (15).
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Segundo o presidente do Comitê, Dr. Josemir Werlang, a decisão foi tomada em função da média procura pela segunda e terceira dose de vacina contra a Covid-19 e pelo mapa da região estar em alto risco de contaminação.
De 15 de fevereiro a 15 de março, Descanso registrou 115 casos de coronavírus. Apesar da redução no índice de infectados, o número ainda preocupa a Secretaria Municipal de Saúde, visto que neste mês a cidade teve em média dois casos registrados por dia.
“Vimos que a precaução se faz necessária perante aos números, o mapa de risco e os casos que ainda estamos registrando, por isso pedimos a colaboração da população e o entendimento de que a pandemia ainda não terminou e precisamos continuar nos cuidando. Temos a certeza que com a ajuda de todos vamos poder, com mais segurança, tornar o uso facultativo, mas apelando para que todos façam o uso voluntariamente”, destacou o Prefeito de Descanso, Sadi Bonamigo (PT).
Vacinação
Quanto à população vacinável, cerca de 7.454 pessoas tomaram a primeira dose da vacina, correspondendo a 90,99% do público. Já em relação à segunda dose, apenas 6.858 pessoas foram buscar a vacina, ou seja, 83%.
A dose de reforço, aplicada em quem completou o esquema de vacinação corresponde a 4791 da população acima de 18 anos, 58% desse público-alvo. Já em relação ao público menor de idade, apenas 78% de crianças de 05 a 11 anos compareceram para receber a primeira dose da vacina.

“Com a não obrigatoriedade do uso da máscara, temos a preocupação de que as pessoas deixem de se cuidar e os casos aumentem novamente, gerando maior demanda de atendimento nos postos de saúde e no hospital, aumentando também o número de pessoas em isolamento domiciliar, que consequentemente poderá impactar nas empresas, que poderão sofrer com a falta de colaboradores durante o período de isolamento”, considera Bonamigo.
O prefeito finaliza pedindo que as pessoas tenham consciência de que a vacina é essencial para aumentar a proteção, mas ela não impede de contrair a doença, por isso, os cuidados de prevenção devem continuar sendo seguidos. “Pedimos a todos que ainda não fizeram a segunda e a terceira dose, que compareçam nos dias de vacinação, para garantirem maior proteção”, finaliza.
O município de Descanso está distante 700 Km da capital do Estado. Tem como divisas ao Norte o Município de São Miguel do Oeste, ao Sul, Iporã do Oeste, ao Leste, Flor do Sertão, Iraceminha e Riqueza, e ao Oeste, Belmonte, Bandeirante e Santa Helena.
Liberação em SC
O Governo de Santa Catarina publicou no último sábado (12), o decreto que traz novas regras em relação ao uso de máscaras no estado. Na prática, o que era obrigatório se torna uma recomendação de saúde pública.
SC foi um dos primeiros estados a decretar medidas de prevenção ao coronavírus, qualificou as estruturas hospitalares, aumentou o número de leitos de UTI para mais de 1.100 no auge da contaminação e ofereceu treinamento para os profissionais de saúde. Santa Catarina ainda mantém índices de vacinação acima dos 82% de esquema primário completo (duas doses ou dose única) e possui a menor taxa de letalidade do Brasil, 1,31%.

“Nossos números nos dão segurança para voltar à normalidade em sociedade e família. Cuidamos de vidas. Cuidamos de empregos. Temos a menor taxa de letalidade do Brasil. Saímos vitoriosos dessa batalha”, disse o governador Carlos Moisés.
A partir do novo decreto, o uso de máscaras não é mais obrigatório por força de lei no âmbito do estado de Santa Catarina. No entanto, cada município pode estabelecer regras mais rígidas conforme a realidade local, além da prerrogativa de cada estabelecimento.
Nos hospitais e centros de saúde, conforme regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o uso de máscaras permanece como sendo altamente recomendado e deve ser estimulado, devido ao risco que esses ambientes tem para a transmissão de doenças.
“O cenário de março deste ano é muito diferente comparado ao ano passado porque temos vacina. Casos, óbitos e internações diminuíram muito. (…) Recomendamos a vacinação, principalmente, mas já deu tempo para a sociedade entender que é uma consciência coletiva. Lembrando que é uma doença infectocontagiosa e isso tem que ser entendido. Eu faço aqui um apelo: vacinem seus filhos. As crianças têm direito a isso”, afirmou o secretário da Saúde, André Motta Ribeiro.