Entenda como SC monitora superbactérias e controla infecções hospitalares
Hospital São Francisco, em Concórdia, suspendeu novas internações após quatro bebês contraírem uma bactéria multirresistente
Nesta quinta-feira (19), a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e Pediátrica do Hospital São Francisco, em Concórdia, suspendeu novas internações por conta de uma bactéria multirresistente. O caso acende o alerta sobre como é feito o monitoramento deste tipo de infecções em Santa Catarina para evitar novos contágios.
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A doença é tão importante que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde) estão entre as maiores causas de morte e aumento da mortalidade entre pacientes hospitalizados.
Procurada, a SES (Secretaria de Saúde de Santa Catarina) informou que o monitoramento é feito por um sistema de vigilância de IRAS. Todos hospitais com UTI adulta, pediátrica e neonatal precisam notificar casos suspeitos.
No caso de uma bactéria, o hospital deve reforçar as medidas para controlar o surto e evitar que se espalhe para outros pacientes. Foi por isto que o Hospital em Concórdia suspendeu novas internações, explicou o Estado.
Conforme informações do governo estadual, o caso do Hospital São Francisco foi isolado e não há outras unidades com casos notificados.

Principais causas da infecção
De acordo com a SES, entre as principais causas de IRAS estão a falta de higienização das mãos, uso indiscriminado de antibióticos, quebra de protocolos assistenciais e contaminações ambientais.
A medida mais eficiente e consensual para o controle de IRAS nos serviços de saúde é a higienização das mãos, explicou a SES. Além de atender às exigências legais dos órgãos regulamentadores em nível nacional e mundial, esta prática contribui também para a melhoria da qualidade no atendimento e assistência ao paciente. As medidas são recomendadas aos profissionais para evitar novos casos.