Leitos de UTI, profissionais e vacinas: as promessas para Chapecó conter a Covid-19
Segundo Carlos Moisés (PSL), 29 novos leitos de UTI serão ativados até sexta-feira (19) e que profissionais de saúde serão contratados para a região. Prefeito falou em pedir mais doses de vacinas
A comitiva do governo do Estado continua em Chapecó a fim de analisar a situação e auxiliar no enfrentamento à Covid-19 na cidade e região. Em cinco dias, a cidade passou de 43 para 58 pessoas internadas em UTIs (Unidade de Terapia Intensiva).
Em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (16), o governador Carlos Moisés (PSL), disse que 29 novos leitos serão ativados até sexta-feira (19) em Chapecó. O número corresponde a uma ampliação de 50% na capacidade de UTI da cidade.

Atualmente, Chapecó tem 40 leitos de UTI Covid no HRO (Hospital Regional do Oeste) – rede pública – e outros 17 na Unimed – rede privada. Depois que os novos leitos forem ativados, a cidade terá 86 leitos de UTI.
Antes de entregar a palavra ao governador na coletiva, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), disse que falou com o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Franco Duarte, e fez um pedido específico para a cidade: o envio de vacinas, ao menos 100 mil unidades para Chapecó.
“Fiz um pedido para Chapecó, mas ainda não oficiei, ao Franco Duarte, que fez contato comigo, e pedi as vacinas. A chance de vir existe, mas não é 100%. Mas quem não pede, não ganha”, pontuou o prefeito.
Segundo Rodrigues, o Estado também solicitou um aporte maior para a região, de 75 mil doses, que seriam usadas nos grupos prioritários. O prefeito também aproveitou a coletiva para agradecer ao governo pela atenção imediata à região.
Os anúncios do governador para o Oeste
O primeiro anúncio de Carlos Moisés é de que, até a sexta-feira, após conversas com administradores do HRO, 29 novos leitos de UTI serão ativados no hospital. Segundo Moisés, na semana seguinte, o aumento deve totalizar 34 leitos, com mais cinco no Hospital Regional São Paulo, de Xanxerê.

“O Estado tem investido todo seu esforço, desde o início, no controle e fiscalização, como também no aporte de recursos financeiros”, disse Moisés.
Ainda de acordo com o governador, o governo federal garantiu o custeio de R$ 1.600,00 por leito de UTI que tenha sido ativado de 1º de janeiro a 31 de março de 2021.
Chegada de profissionais
O governador também falou que novos profissionais de saúde chegarão ao Oeste para auxiliar no enfrentamento à Covid-19 na região. Segundo Moisés, os profissionais seriam do Oeste mesmo. Ele também apelou aos cidadãos, pedindo colaboração.
“Desde o início dessa pandemia, dizíamos que sem a participação do cidadão, não conseguiríamos manter bons números. Temos que continuar de mãos dadas, para manter a taxa de letalidade baixa e não deixar nenhum catarinense sem recurso”, disse.
O secretário de saúde, André Motta Ribeiro, fica por mais dias na região, de acordo com Moisés. Segundo ele, em qualquer demanda no Oeste, o governo estará presente.
O governador não detalhou quantitativo de profissionais que chegarão ao Oeste. Mas disse que são da região. Ele acredita que é possível atender a demanda com profissionais locais, porém, se preciso for, não descarta chamar profissionais de fora.
Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura de Chapecó, foram entregues ao HRO, os currículos de cinco médicos, 19 enfermeiros e 142 técnicos para atuar no hospital. Recentemente, a cidade fez um chamado nacional voltado a profissionais de saúde.
Outro ponto importante da coletiva com o governador é o fato de que, segundo ele, há uma decisão com cerca de 50 prefeitos do Oeste para que a tomada de decisão passe a ser regionalizada.
Surpresa
Diante de um questionamento da imprensa se foi uma surpresa para as autoridades o crescimento de casos em Chapecó, o secretário de saúde pediu a palavra.
“Desde 12 de março de 2020, começamos a estruturar a alta complexidade. O planejamento inicial era de 713 leitos no Estado, chegamos a 787, mais de 60% da oferta inicial”, disse Motta Ribeiro.
Segundo ele, o COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde) acompanha diariamente a situação da Covid-19 no Estado e, por isso, é possível se antecipar a momentos mais críticos.
Para Motta Ribeiro, entretanto, a análise precoce não se traduz em ações e a presença física dos agentes do Estado é importante nas regiões para decisões e ações acertadas.
Agilidade
O prefeito de Chapecó também pediu para comentar essa pergunta e falou em agilidade e disposição do governo para resolver o problema.
“Antes dessa explosão estive com o secretário e, depois, liguei para ele e pedi dez respiradores. Eu pedi às 12h e às 22h da noite os respiradores estavam em Chapecó. Depois vieram mais cinco, depois mais dez.
De acordo com Rodrigues, as autoridades começaram a buscar solução ao perceber o aumento da demanda por consultas e testes da Covid-19.
Em seguida, quem pediu a palavra foi o chefe da Casa Civil de SC, Eron Giordani, que é do Oeste. Segundo ele, a crescente foi detectada pelo COES e o governo, a pedido de Moisés, agiu rapidamente.
“A tomada de decisão para que o Estado estivesse aqui na segunda-feira (15), foi depois de uma reunião na quinta-feira (11), com diversos secretários.O governador determinou que planejássemos a vinda, para identificar os gargalos e apresentar, em conjunto com autoridade de saúde, as soluções e saídas para o momento”, disse Giordani.

Além das presenças do prefeito de Chapecó e dos secretários de saúde e da Casa Civil de SC, a coletiva com o governador em Chapecó teve as presenças do presidente da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), Mauro de Nadal (MDB), e do superintendente do Ministério da Saúde em SC, Rogério Ribeiro.
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