De armas a carcaças: Norte de SC tem mais de 700 ocorrências contra caça ilegal em 2021
Desde o início do ano, mais de 100 animais silvestres foram apreendidos, dos quais 84 puderam retornar à natureza
Armas, gaiolas, carcaças de animais: a Polícia Militar Ambiental de Joinville, no Norte de Santa Catarina, atendeu mais de 700 ocorrências de caça ilegal no primeiro semestre de 2021, um trabalho árduo que ocorre na cidade, na mata e no mar.

Desde o início do ano, 118 animais silvestres foram apreendidos, dos quais 84 puderam ser devolvidos à natureza. As vítimas mais comuns da prática são tatus, cobras e aves, essas últimas vendidas clandestinamente no comércio ilegal, inclusive pela internet.
“É bem trabalhoso, geralmente são locais de difícil acesso, em torno de quatro horas de caminhada em mata fechada. A predominância é de atividades durante o dia, mas o caçador permanece em mata durante à noite também, por até três dias no local”, explica Victor da Silva, capitão da Polícia Militar Ambiental.
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No primeiro semestre, também foram apreendidas 60 armadilhas, 43 armas de fogo e cerca de 2 mil munições. Além disso, 17 pessoas foram presas.
“A gente enfatiza o combate à caça ilegal porque repercute em três pontos: os maus-tratos a animais, pelo fato de abater ou utilizar cães muito magricelos, com pouca alimentação; posse de arma de fogo irregular; e o aumento do processo de extinção de espécimes”, salienta Victor.

Mas o trabalho não ocorre somente em terra firme. No mar, foram apreendidos aproximadamente 7 mil metros de rede de emalhe, 20 redes de arrasto e 380 kg de pescado que seria vendido de forma irregular.
O trabalho da Polícia Militar Ambiental conta com as denúncias, que podem ser feitas pelo telefone 190 ou pelo (47) 3481-2121.
*Com informações de Maikon Costa, repórter da NDTV