Polícia interdita açougue que vendia carne de cavalo como se fosse bovina
Ação ocorreu em Tubarão; policiais descobriram um abatedouro clandestino de cavalos, em Imaruí, no Sul do Estado
A Polícia Civil de Tubarão, no Sul do Estado, interditou um açougue que vendia carne de cavalo como se fosse bovina.
A ação, ocorrida na manhã de sábado (13), faz parte da operação batizada de “Horse” da DTCA (Delegacia de Delitos de Trânsito e Divisão de Crimes Ambientais) e teve apoio da DCFR (Divisão de Combate a Furtos e Roubos).

As investigações começaram há seis meses após dois homens serem presos em Imaruí, no Sul do Estado, onde havia um abatedouro clandestino em que cavalos estavam sendo mortos.
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As informações que a Polícia Civil tinha era que uma casa de carnes em Tubarão era suspeita de vender carne de cavalo como se fosse carne de boi enganando os consumidores e colocando a saúde pública em risco.
Várias amostras de carne vendidas pela casa foram coletadas e levadas a Brasília para exame pericial, em cooperação com o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.
Resultado dos exames
Os exames periciais de sequenciamento genético realizados Setor de Perícias em Meio Ambiente e pelo Setor de Perícias em Genética Forense do I.N.C. constataram que havia carne de cavalo e de búfalo misturada à de boi.
Houve ainda uma série de irregularidades no armazenamentos das carnes estragadas e outras ainda a serem vendidas, peças inteiras de carne sem identificação de procedência e condição precária de higiene no local que causava forte odor pútrido.
Os responsáveis pelo abate clandestino confirmaram que vendiam a carne de cavalo à casa de carne investigada. Um dos proprietários do estabelecimento teria oferecido dinheiro para que a dupla responsável pelo abate mentisse nos depoimentos.
Dessa forma, o delegado pediu a prisão preventiva do proprietário do estabelecimento, a suspensão do exercício de atividades da outra dona da casa de carnes, a interdição do estabelecimento e busca e apreensão domiciliar.
Após parecer favorável do Ministério Público as medidas foram deferidas pela 2ª Vara Criminal de Tubarão – as ordens judiciais foram cumpridas.
Os proprietários da casa de carne vão responder por receptação qualificada e crimes contra relações de consumo e podem pegar até 18 anos de prisão.