Eventos com música, artesanato e tainha movimentaram Centro de Florianópolis no final de semana
Festival da Tainha, encerrado com show do Dazaranha, e Feira Viva a Cidade, reaberta após dois anos, agitaram o Centro sábado (2) e domingo (3)
Dois eventos trouxeram excelente movimento e incrementaram o comércio do Centro de Florianópolis no final de semana. Primeiramente, o Festival da Tainha, que após uma série de atrações em junho, foi encerrado no domingo (3) com show do Dazaranha.
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Além disso, a tradicional Feira Viva a Cidade, que reúne comércios de artesanato, brechós, antiguidades, sebos e gastronomia variada, voltou a ser realizada no sábado (2) após dois anos de interrupção. Ao longo do ano, a feira vai funcionar todo sábado.
Manoel Petronilho Pereira faz artesanato reproduzindo, em madeira, aspectos da Ilha, como canoas, rendeiras, pescadores, violeiros, dançarinos. Com satisfação estampada no rosto, ele descreveu a alegria com a reabertura da feira, que considera uma terapia:
“Para mim, é uma bênção de Deus, porque é um meio de mostrar às pessoas as obras de arte que faço. Foi um dom que ganhei e que transmiti ao meu netinho, que é autista.”

A artesã Claudionara Kemerich, que participa há três anos da feira, também está com o sorriso na orelha: “Estávamos esperando muito por isso. Estou muito feliz e espero que dê tudo certo e a feira continue, porque é muito importante para nós”.
A Feira Viva a Cidade é promovida pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Florianópolis em parceria com o Núcleo do Centro Histórico, a Prefeitura de Florianópolis e a Fundação Franklin Cascaes. Presidente da CDL, Marcos Brinhosa também falou sobre a importância dessa retomada:
“A feira está voltando e com ainda mais força. Fica o nosso convite para todas as famílias virem passar um sábado diferente de lazer. Temos atrações para as crianças e para todo mundo da família”.

As tendas da feirinha são montadas no entorno do Calçadão da rua João Pinto, na parte Leste do Centro Histórico da Capital. Neste mês de julho, ela completa nove anos de existência e, em 2022, funcionará das 9h às 14h.
Antes da pandemia, eram cerca de 50 feirantes. Na retomada, havia 30 expositores e a intenção dos organizadores, neste ano, é sempre oferecer uma atividade gratuita atrelada à feira para atrair mais movimento. No sábado, por exemplo, teve música ao vivo e boi de mamão.

O diretor de patrimônio da CDL, Rafael Salim, também comemorou o retorno, pois, na avaliação dele, a feira é uma iniciativa que agrega movimento a uma região carente de público. Ainda conforme Salim, a reestreia já teve bastante movimento.
Em grande estilo, Darazanha encerra Festival da Tainha
A banda Dazaranha fez o show de encerramento do Festival da Tainha de 2022 da Capital. A atração foi mais uma que lotou o Mercado Público durante o festival que começou em 8 de junho e terminou ontem. O secretário Municipal de Turismo, Juliano Richter Pires, fez uma avaliação muito positiva do evento.

“Movimentou toda uma cadeia criativa e de trabalho. Em se tratando de um festival que envolve gastronomia e cultura, nada melhor que fazê-lo no Mercado Público e Alfândega, locais que oferecem atrativos à população de Florianópolis e aos turistas que vêm desfrutar das nossas belezas e gastronomia tão rica”.
De acordo com a prefeitura, houve um aumento de cerca de mais de 50% em vendas e de 100% em termos de ocupação do Mercado e da Alfândega.
“Pretendemos manter o festival, preservando a sua identidade, seja com as atrações culturais mostrando os nossos talentos e, claro, destacar ainda mais a tainha, que é a estrela principal e tão amada por nós, manezinhos, durante todos os dias deste festival, que é a cara de Florianópolis”, afirmou Pires.

O prefeito Topázio Neto (PSD) também considerou o festival um sucesso: “Nosso Mercado esteve muito prestigiado e o festival foi a coroação da cultura da pesca e consumo da tainha, um ofício que movimenta a economia da cidade. Com o festival, fica claro que a tainha é mais que gastronomia, é cultura”.
Para o prefeito, o evento foi bem-sucedido porque retrata o orgulho do jeito manezinho de ser e pela dedicação da equipe que trabalhou:
“O sucesso se deve a todos que trabalharam na organização e cuidaram dos detalhes. Da programação à divulgação, aos comerciantes e patrocinadores”. Topázio disse, ainda, que a prefeitura vai avaliar os pontos de melhoria para as próximas edições, mas o festival mostrou que tem público: “a tendência é crescer, mas sem perder a essência.”