Durante congresso da Acaert, Moisés sanciona lei que cria Semana Estadual de Televisão em SC
Carlos Moisés participou, na manhã desta segunda-feira, de um congresso para profissionais de rádio e televisão que ocorre de 22 a 24 de maio, no CentroSul, em Florianópolis
Os três governadores do Sul do Brasil estiveram em Florianópolis, na manhã desta segunda-feira (23), num dos painéis do 18º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão. O público, com centenas de radiodifusores do Estado, viu o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (Rep) sancionar, pelo celular, o projeto de lei 489/2021, criando a Semana Estadual de Televisão de Santa Catarina.
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O projeto veio da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), de autoria do deputado João Amin (PP). O evento será anual, sempre na semana que compreender o dia 1º de junho. A sanção se resolveu em segundos e Moisés disse que o Estado economiza, por ano, R$ 40 milhões, parando de imprimir papel.
Mais de mil pessoas devem participar do evento organizado pela Acaert (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão) e realizado no CentroSul. O congresso começou no domingo (22), com a participação do vice-presidente da República, Gen. Hamilton Mourão, teve o painel com os governadores nesta segunda, e tem mais palestras na terça-feira (24).
Governadores convidados para mostrar números positivos
O painel dos governadores foi pensado para que os chefes do Poder Executivo em Santa Catarina, Carlos Moisés, do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), mostrassem números positivos das suas gestões. Eles tiveram 15 minutos de fala.

Moisés disse que recebeu o Estado com um déficit de R$ 1,2 bi e conseguiu um superávit de R$ 1,8 bi. Também disse que, no seu governo, o Estado saiu da casa dos R$ 400 mi para mais de R$ 2 bi em investimentos com recursos próprios.
O governador catarinense acredita que sua gestão é destaque por diminuir a máquina pública: “Extinguimos secretarias, revisamos os contratos e fizemos o verdadeiro combate à corrupção”. Segundo Moisés, eleger a infraestrutura como carro-chefe e fazer o movimento municipalista também foram importantes avanços.
O governador paranaense disse que seu Estado se destaca em logística. “O Paraná tem se consolidado como uma grande central logística da América do Sul e isso tem feito um salto na geração de emprego. Batemos recorde em 2021, com a maior geração de emprego da história e esse ano começamos batendo o recorde dos três primeiros meses do ano passado”. Ratinho disse que o Paraná também modernizou a máquina pública e por isso atraiu a iniciativa privada.

O governador gaúcho, no cargo desde 31 de março, quando Eduardo Leite renunciou para disputar a presidência da República, disse que, quando a gestão de Leite começou, o Estado vivia sua maior crise fiscal, com salários dos servidores atrasados e pagos de forma parcelada.
“Devíamos praticamente para todos os fornecedores. Só na área da saúde, para hospitais e municípios, a nossa dívida superava R$ 1 bi. Conseguimos fazer reformas estruturais e administrativas importantes, privatizações, concessões e, hoje, vivemos outra realidade.”
Ranolfo apresentou os números do projeto Avançar em que, segundo ele, foram distribuídos R$ 6,3 bi em todas as áreas. “O Rio Grande do Sul há muito tempo tinha essa capacidade de investimento”.
Ele também elogiou o congresso e ressaltou a importância da imprensa e da liberdade de imprensa: “Isso é basilar do sistema democrático. Estamos aqui, também, para prestigiar isso que, para nós, é fundamental numa democracia, que é o direito das pessoas serem informadas”.
Depois da fala dos governadores, o radialista Ranieri Bertoli, ex-presidente da Acaert, homenageado no domingo (22) com a comenda da entidade, mediou uma série de perguntas para os governadores. O painel, que começou por volta das 9h30, acabou pouco depois das 11h.

O presidente-executivo do Grupo ND e ex-presidente da Acaert, Marcello Corrêa Petrelli, acompanhou o painel com os governadores. Na visão do empresário, a região Sul se destaca porque tem uma sociedade organizada e espírito de cidadania e pode mostrar ao Brasil o que é uma gestão de qualidade: “O Brasil tem que conhecer, com mais afinco, o que é feito aqui no Sul. Esse painel foi um grande momento”, declarou Petrelli.
Congresso com público recorde
O presidente do 18º Congresso da Acaert, Carlos Amaral, fez uma avaliação do evento que, segundo ele, começou muito bem, no domingo, na palestra do vice-presidente da República.
“O evento sempre foi sucesso. A Acaert é um sucesso, porque não pensa só no radiodifusor e no associado, pensa na sociedade. Esse é o nosso papel e, por isso, a gente faz comunicação com paixão e por missão de vida”, disse Amaral.
Ainda conforme ele, o congresso de 2022 terá público recorde, considerando todos os eventos da Acaert: “Vão passar mais de 1200 pessoas”.
Sobre o painel com os governadores, Amaral ressaltou que serviu para mostrar que a região é diferente das demais no Brasil: “Esses três governadores fazem a diferença porque focam na gestão, no cidadão e não em si mesmo”.
Amaral comentou que, embora seja diferenciado, o Sul também tem problemas: “Há problemas, sim, principalmente de infraestrutura, mas vemos a boa vontade dos governos do Sul em resolver”.
O presidente da Acaert, Silvano Silva, disse que os governadores do Sul traduzem o Brasil que dá certo e por isso foram convidados a apresentar seus cases.
“Igual a nossa radiodifusão, que tem feito a diferença no Brasil e se esmerado em fazer o seu melhor. A presença dos governadores engrandece o nosso congresso e traz essa mensagem de fazer gestão de qualidade. É o que buscamos nas nossas empresas e o que cobramos dos nossos governos”.